30/06/2009

music for the masses

Hoje, para além de estar um calor insuportável, é o último dia do mês de Junho, o que significa que a partir de amanhã os dinamarqueses vão todos de férias. Para celebrar isto, houve o churrasco anual do departamento, com muita comida, cerveja, calor, boa disposição, etc etc. Tudo muito giro, toda a gente fala bué com toda a gente, tocam-se Beatles e Bob Dylan na guitarra e harmónica, e amanhã volta tudo à rotina de cruzamentos no corredor apimentados com acenos de cabeça, excepto para os sortudos que vão de férias. Não faltou, claro, a clássica chuvada de 15 minutos para refrescar ideias.

No caminho para casa, ao pedalar pelo estádio, lembro-me que hoje é o concerto dos Depeche Mode, e ouço o barulho. Salto da bicicleta, ainda é de dia, ainda está calor, e estão umas 30 pessoas cá fora. Dá para ver o palco através das grades e para ouvir tudo perfeitamente, e estão a tocar Enjoy the Silence. Muito bom. Quando começa tocar a Never Let Me Down Again até fico arrepiada e relembro a altura, bastante recente, em que descobri que Depeche Mode era fixe e não ouvia outra coisa. Eles vão-se embora, e o público não se cala durante 5 minutos... é engraçado estar do lado de fora e ver esta reacção. Acho fascinante quando se está perante (ou entre) um grupo enorme de pessoas, todas ali com um fim, o mesmo fim, algo que as une. É sempre uma sensação fantástica.

Para as massas, os meus preferidos.

calor

repete para ti mesma:

- calor é bom
- está-se mesmo bem assim no quentinho
- não te queixavas que não dava para usar roupas de verão na dinamarca?
- está-se mesmo bem com o sol a dar na janela o tempo todo
- estar de bata no laboratório com este calor é bom!
- até dá para ganhar uma corzinha nas áreas expostas
- a água da costa às vezes é mais fria!
- churrasco? hoje? com este calor? claro!
- há que aproveitar agora, daqui a nada comeca a chover

está complicado!

teoria

O Lars viu o devil come to hell and stay where you belong e fez o Antichrist.

Ok, não tem nada a ver. Mas até tem um bocadinho.

26/06/2009

O melhor dia para reuniões é definitivamente sexta-feira a seguir ao almoço. Sai de lá tudo bem disposto.

25/06/2009

A melhor coisa que pode acontecer quando se está a fazer uma apresentação é ter pessoas na audiência a acenar com a cabeça com ar de quem está a perceber tudo o que estamos a dizer. Mesmo que não esteja.

23/06/2009

O que é que fazem duas portuguesas, dois franceses, dois turcos e uma chinesa, às 3 da manhã, num monte no sul da Suécia, rodeados de vacas e pedras, a rapar o maior frio de sempre e a tentarem aquecer-se em vão com um engangs grill?

Esperam por isto:



Fotos cortesia de, como é habitual, bjaglin.

18/06/2009

passagens secretas

Passagens secretas é do melhor que há. Cada vez que estou a ler um filme ou a ver um livro e se descobre uma passagem secreta lá para o meio, fico com o coração aos pulos e um nervoso miudinho que vai quase até às lágrimas. Isto inclui salas escondidas, túneis secretos, prédios construídos com uma rede de corredores e salas secretas, etc etc.

Já foi suficientemente engraçado em Lund, onde muitas vezes é possível passar de um prédio para o outro através de corredores na cave, com portas intermináveis, umas que abrem e outras não, com bicicletas, arrecadações, máquinas de lavar e barulhos estranhos.

Podem por isso imaginar como eu fiquei quanto a Rita me disse que como o actual campus da DTU foi construído durante a Guerra Fria, todas os edifícios estão ligados por túneis subterrâneos. Há toda uma rede de passagens subterrâneas por baixo da DTU. Muito bom mesmo.

Também é engraçado saber que na avenida central da DTU, que a divide em dois, podem aterrar aviões, se se cortarem as árvores.

15/06/2009

lema

Atrás de uma cereja, vem sempre outra cereja. (anónimo)
1 fim de semana sem estar em frente ao pc = 45 minutos segunda feira de manhã no trabalho a ler/ver o google reader e afins na diagonal e a abrir em tabs novas o que for para ler/ver com atenção, talvez terça feira de manhã, ou quem sabe, a seguir ao almoço. Com a porta do gabinete fechada, claro.

12/06/2009

temos uma situacão

Metereologicamente falando, o tempo em Copenhaga, como em grande parte das cidades do norte da Europa, tem diversos problemas. O primeiro de todos é, claramente, a quantidade de horas de luz no Inverno. Mas este problema é totalmente compensado pela quantidade de horas de luz no "Verão", por isso tudo bem. O segundo problema é o vento. E o grande problema do vento em Copenhaga é que ele vem de todas as direcções e vai para todas as direcções, não há salvação possível nem argumentos do género 'Agora a voltar é mais fácil, estamos no sentido do vento'. É uma espécie de Lei de Murphy: o vento vais estar sempre contra ti, vás em que sentido fores.

A situação é a seguinte: não pára de chover desde 3a feira, e especialmente hoje, está muito, muito vento. E eu e a Inês vamos ter que correr 10 km em Copenhaga, desde as 22h da noite e até no máximo as 23h30. Vai ser giro.

10/06/2009

pedalar+chuva+bicicleta+mandar sms+cerveja no bolso do casaco = extreme danish

isto ao vivo é mais giro

A população feminina de Copenhaga marcou presença em peso no Den Grå Hal de Christiania para ver as CocoRosie, e não foi por acaso. Pensamentos que vos podem ocorrer se estiverem num concerto de CocoRosie:

- Aquilo é mesmo a voz dela?

- E dela?

- Claramente, elas tiveram aulas de canto

- (boca aberta de espanto o concerto todo)

- Ela tem vestidas umas leggings de cabedal, lingerie vermelha por cima e um avental?

- Acho que elas foram ao "stand de roupas usadas põe-e-tira" de Christiania e tiraram a primeira coisa que lhes apareceu à frente

- Ela está a cantar o Turn me On ????????????????????'

- Ela está a fazer aquele barulho com a boca?

- E para além disto tudo, ela ainda dança bem????

- Queremos BUÉ ser como elas.

Sempre esperei ver um bom concerto, mas isto superou todas as minhas expectativas. Concerto do ano, já.

o que é que as CocoRosie têm a ver com o Kevin Lyttle?

09/06/2009

Sempre gostei do ditado 'quem anda à chuva molha-se'.

Quem pedala à chuva também se molha. Mais ou menos, é que já não sei,

das duas uma:

Ou inventam umas calças de ganga à prova de bicicleta, ou um selim que não rompa todas as minhas calças de ganga. Assim é que não pode ser!

03/06/2009

A propósito disto (não achei anda em inglês): detesto quando os filmes baseados em livros que eu quero ler saem antes de eu ter lido o livro.

02/06/2009

momento

Pedalar, Copenhaga, iFriend, dEUS - Little Arithmetics, sol, perfeito. A caminho da aula de dinamarquês. Sair do elevador, pause. Aula de dinamarquês, 2h30, extremamente aborrecida. "Fast-forward", sair da aula, play! - e os dEUS continuam a tocar Little Arithmetics como se nada se tivesse passado. Como aqueles momentos nos filmes em que se interrompe a cena para pôr lá um flashback qualquer, e depois se volta à cena e tudo continua como se nada se tivesse passado.

01/06/2009

andava quase há duas semanas a tentar lembrar-me de qual tinha sido a música que me deixou um bocado histérica, porque já não me lembrava da sua existência, quando passou aqui. obrigada!

exames e isso

Nunca gostei de estudar para exames. Sim, trivial, eu sei. Mas é que eu detesto mesmo. Saber que vou ter que passar os próximos dias a estudar quando podia estar a faser qualquer outra coisa aborrece-me imensamente. Adiar exames, então é que nem pensar. Se posso estar despachada amanhã, não quero ter mais uma semana pelo meio com o exame em vista.
Tive portanto a brilhante ideia de escolher duas cadeiras de mestrado para ganhar 1/3 dos créditos necessários para o PhD. Brilhante mesmo, hmmmmmm estudar outra vez, fazer exercícios e cálculos, estudar teoria, tão bom.
Nunca tinha feito exames sem ser em Portugal. Aqui pode levar-se tudo para o exame - livros, rascunhos, resoluções, apontamentos, e sim, o computador! Eu não sabia (do computador), e pronto, senti-me um bocado old school quando lá cheguei. Mais tarde descobri que em época de exames a rede wireless está desligada nos edifícios em que há exames. Ok, mais normal. Mas parece que isso pode mudar. De resto, aquilo é estilo exames nacionais: lugar marcado (felizmente fiquei no meu lugar de eleição, o fundo da sala, ideal para aqueles momentos em que não podemos fazer mais nada senão contemplar a sala, já que o cérebro bloqueou), envelope para entregar no final devidamente preenchido, folha fornecida no momento para preencher com tudo e mais alguma coisa, em todas as páginas, e telemóveis todos numa mesa, devidamente identificados com o nosso número de mesa com um post it cor-de-rosa (para o caso de tocarem). Não esquecer o farnel em cima da mesa.

Diferenças à parte, o resto não muda assim tanto. Dos dois que tive, um era daqueles com rasteiras que nos fazem refazer o exercício quase todo e depois não dá tempo para acabar, e ou outro é (vai ser, amanhã) igual ao(s) do(s) ano(s) passado(s), e por isso se levarmos a resolução não tem nada que saber. Grandes momentos de dejà vu. Não quero repetir...