31/12/2009

3 episódios de how I met your mother depois no comboio, e o que escrevi ali em baixo já não era muito verdade.

Aposto que já tinham saudades de um post de queixinhas sobre uma companhia aérea

Desta vez a minha raiva dirige-se à easyjet, que ao que parece recentemente decidiu alterar a sua política de conduta no que refere à bagagem de mão, pelo menos desde a última vez que viajei com eles. Agora só se pode levar UMA peça de bagagem de mão, seja qual for o seu peso, incluindo computador e a eventual mala de senhora/bolsa de cintura/qualquer coisa onde vá à mão o iFriend, o passaporte, o telemóvel, o livrinho e a sandes.

Facto: quando se compra um bilhete de avião, está sempre escrito algures, seja qual for a companhia aérea, que cada passageiro tem direito a uma peça de bagagem de mão com as dimensões XxXxX. Claro que na prática toda a gente sabe que dá para levar o computador ou a bolsa pequena à parte, e nem vou falar das pessoas que levam “bagagem de mão” que só em sonhos teria as dimensões permitidas.

A justificação da easyjet para esta política mais restritiva e “mais justa” é que assim se reduzem os atrasos causados por 150 pessoas a embarcarem e a ficarem paradas no corredor a arrumar malas. Claro, reduz imenso. Aliás essa é sem dúvida a grande causa de todos os atrasos dos aviões, é o tempo que as pessoas demoram a sentar-se.

E claro que a maneira mais rentável de a easyjet tirar partido desta nova política é anunciá-la a 10 minutos do embarque, quando já estamos todos em filinha para lutar ferozmente pelo melhor lugar. E quem tiver 1,1 malas tem que pagar 22 € para mandar uma delas para o porão. Nada sobre a nova política quando se compra o bilhete, quando se faz o check-in na internet, quando se deixa a mala no balcão.

Claro que depois de ter pago 24€ de peso extra (2 quilinhos = 2 bolos-reis) (esta aqui também um dia ainda me vão explicar, porque é que nuns sítios se paga e noutros não, às vezes nos mesmos voos consoante quem faz o check-in, se os aviões são todos os mesmos), isto não cai nada bem. Muito menos com o voo atrasado duas horas, o que iria sem dúvida resultar em perder um comboio no aeroporto de Paris e pagar um táxi e mais um bilhete de comboio. Se a senhora hospedeira mo tivesse dito quando fui largar a mala grande, muitos nervos e conversas apaziguadoras inconsequentes teriam sido poupadas.
Claro que me deixaram tirar o computador, um livro e uma sandes da mala, porque ter uma mochila e uma carteira comigo atrasa o voo, mas ter só uma carteira, um livro, uma sandes, um computador e um casaco não atrasa nada. E assim até têm direito a um post zangado fresquinho escrito no avião, sem tempo para dormir sobre o assunto.
E claro que não ficou nada em terra, e tudo o que havia para transportar foi transportado no mesmo avião, que é do mesmo tamanho dos outros aviões das outras companhias que não tentam ganhar mais dinheiro a fazer os seus passageiros passar por parvos. Nem sugerem que o passageiro pague mais uns euros para cobrir as emissões de CO2, que essa também é gira.


Se low cost implica falta de transparência, então não gosto.

27/12/2009

Não há nada como Beach House no autocarro durante uma hora para restabelecer a paz de espírito.

22/12/2009

sobre o aeroporto de madrid

Se por algum motivo andarem à procura de uma tomada no T4 do aeroporto e não encontrarem nenhuma, é porque há 16 em cada casa de banho das senhoras.

19/12/2009

half-baked

A crazy concoction of chocolate ice cream and vanilla ice cream mixed with fudge brownies & chunks of chocolate chip cookie dough.

Soa-me bem.

contra o encolhimento

A reacção mais imediata do nosso corpo às agressões externas é encolhermo-nos, e isto chateia-me um bocado. Uma pessoa encolhe-se de cada vez que sai à rua, porque está frio, vento, neve, etc. Encolher mantém o capuz no sítio e empurra o cachecol até ao nível das orelhas e do nariz e depois parece que passamos o dia encolhidos, a comer, no computador, no café. No outro dia até dei comigo encolhida a dormir. Não pode ser, há que contrariar o encolhimento.

Vou desencolher para Lisboa. Até já!

16/12/2009

fuck goretex

Variações sobre o tema "Como responder a um comentário irónico do estilo Os teus sapatos são mesmo apropriados para este tempo!"
  • Nunca tenho frio nos pés
  • Pá... Está a nevar, não a chover. O nível de encharcamento é totalmente diferente.
  • Mais barato e mais bonito do que calçado impermeável é o chamado calçado seca-rápido: havaianas para o calor e all-star+par de meias suplente para o frio.
  • E antes de te lançares sobre o meu casaco fofinho, aquele ditado norte-europeu que diz There's no such thing as bad weather, only bad clothing foi inventado pelas marcas de roupa pseudo-quente-leve-anti-vento-chuva-trovoada-respirante para venderem os seus produtos aborrecidos. No final de contas tudo se resume ao número de camadas e à espessura do casaco.
  • Se querias mesmo comentar a minha escolha de visual para a ocasião metereológica, podias ter comentado o saco de pano que leva o meu computador e a minha roupa da ginástica, tinhas-te saído muito melhor!

14/12/2009

you wrote me a note
the pages were blank
and I, I should have known
invisible ink

10/12/2009

Estava mesmo mesmo para escrever algo sobre o número reduzido de vezes que senti necessidade de usar 3 camadas debaixo do casaco este Outono, quando vou ver o tempo e me deparo com isto para a próxima semana:



Afinal não é por acaso que o Inverno só começa em Dezembro.

09/12/2009

comer com pauzinhos

Aprende-se mais depressa quando não há garfos em casa.

08/12/2009

you can leave whenever you want out

porque os duetos ainda são o que eram.

Beck & Charlotte Gainsbourg

Pete Yorn & Scarlett Johansson

07/12/2009

sorte de principiante

Se houvesse um estilo de cozinha com esse nome, era o meu.

quarto


As expectativas eram elevadas, assim como o medo de as ver defraudadas. Felizmente, foram superadíssimas. Porque para além de ser genial, (não-novidade), o Julian é também a coisa mais fofa, mais simpática, e mais querida do mundo, e fala um bocadinho de dinamarquês, passou o concerto todo a ser assediado pelos fãs sem nunca deixar de sorrir, fazer piadas sobre o assunto ou mostrar aborrecimento, e mandou os seguranças dar uma volta quando estes tentaram impedir um fã de saltar para o palco e se abraçar a ele. Até fiquei comovida.

27/11/2009

Note to self

O Julian toca na 2ª feira, dia 30 de Novembro.

falha épica

É comprar o bilhete para ir ver os The Dodos na 3ª feira no Loppen e ir lá na 5ª feira e apanhar os Port O'Brien.

26/11/2009

20/11/2009

Depois da tempestade, vem a bonança

Consta que amanhã vai estar sol E mais do que 10 graus.

E sim, inevitavelmente, ontem aqui também voaram pessoas, bicicletas, cartazes eleitorais, partiram-se vidros e tremeram prédios, e caíram pessoas ao chão, e algumas delas quase que torceram o pé. Foi o mais próximo que estive de um furacão, e não recomendo a ninguém. Ainda bem que tinha abandonado a ideia de pedalar com o guarda-chuva desde manhã.

11/11/2009

10/11/2009

Porque nos anos 30 já se transportavam cãezinhos nos cestos das bicicletas de Copenhaga

Para além de sofás, crianças e tudo o mais.

Realmente há coisas que nunca mudam.

agora a sério

Há mesmo por aí pessoal que dorme com a porta do quarto escancarada?


...


Bem me parecia.

update

Desisto de editar o post abaixo. Estive nisto quase uma hora, a lutar com alinhamentos, links e tipos e tamanhos de letra, e de cada vez que tentava fazer alguma coisa o ecrã ia dar à segunda imagem, que é só das cenas que mais arrepios na espinha me causou (se virem o filme percebem porquê). Ao ponto de ter que usar primeiro o open office e depois o google docs para editar o raio do post, e de o computador me ter bloqueado com a imagem à frente, e de eu estar praticamente sozinha em casa. O Steven Spielberg é que tinha razão.

09/11/2009

paranormal activity

Sempre defendi a teoria de que o que causa o suspense e os sustos na maioria dos filmes é a música. E o que determina que pelo menos nos próximos minutos não vai acontecer nada que nos vai fazer saltar da cadeira é também a música. Mas atenção, saber isto não ajuda a não morrer de medo durante os ditos filmes.














O Paranormal Activity está longe de ser o filme mais assustador de sempre. Mas acho que anda muito próximo da categoria de filme mais assustador de sempre sem banda-sonora. Simples e eficaz, sem grandes efeitos nem artifícios de enredo. Os actores e as suas reacções são credíveis, e o estilo caseiro dá realismo à situação. E põe-nos a pensar se de facto conseguiríamos captar alguma coisa se puséssemos uma câmara de filmar no nosso quarto à noite.





















Sobre o fim: parece que há pelo menos 3 diferentes. E todos sabemos que um final pode fazer a diferença. Eu vi o original, antes de o filme ter passado pelas mãos da DreamWorks, e pelo que li da(s) outra(s) hipóteses, acho que é mesmo o único a ver. Consta que podem sacar o tal original aqui (obrigada, cálssio). Um filme para aqueles que sabem apreciar um filme de terror, mesmo quando não aparecem pessoas a ser torturadas, perseguidas, ou o sangue jorra por todos os cantos.


Coincidência ou não, o que é certo é que desde que vimos o filme cá em casa começaram, achamos nós, a fazer obras no andar de cima, o que origina barulhos estranhos nas paredes, nos canos e no tecto a toda a hora. Já dizia o Steven Spielberg que o filme estava assombrado.

segundo

Não há nada como acabar um fim-de-semana cinzento e caseiro com limpezas, filme de terror, pipocas e gløgg à mistura, a dançar ao som dos Röksopp na Vega.

Ainda para mais se quem lhes der voz for a metade feminina dos The Knife.

06/11/2009

primeiro


Eu já adorava a Alison. Ela tem O PODER. Estava com um bocadinho de medo do Jack, não sei bem porquê, mas tinha medo de ficar desiludida. Mas não, ele é fofinho. Não é bem a mesma coisa que a VV com o Hotel, é diferente, mas também é giro. E vestem-se todos de preto, não há cá trajes esquisitos à rockstars com a mania.
Uma coisa é entrar num autocarro vazio. Outra coisa é entrar num autocarro vazio que pára na loja de kebabs da esquina, espera que o gajo da loja lhe traga um kebab, e paga com os trocos do autocarro.

30/10/2009

De certo modo, é reconfortante ouvir "desculpa, não me lembro de como é que te chamas... sou péssimo com nomes!".

29/10/2009

solidariedade no gabinete

(toca o telefone)
office mate#1 Podes atender? Se for a senhora da VWR para falar comigo, diz que estou, sei lá, noutro sítio   qualquer, que não estou aqui!
office mate#2 Ok. E depois se telefonar o fulano tal, diz também que eu não estou e que depois lhe ligo, ok?
office mate#1 Se calhar devíamos fazer uma espécie de lista negra...

após algumas audições de phrazes for the young


É oficial: o Julian é genial.

As letras são tão boas tão boas que só me apetece citá-las em todos posts e actualizações do facebook, gmail e afins.

Riffs à la Strokes, com paragens, aumentos súbitos de volume, crescendos contagiantes, e que quando menos se espera nos trocam as voltas todas. Ouvir para crer, até pode ser aí ao lado na Hype Machine.

Já me estou a ver no dia 30 de Novembro na primeira fila da vega, que nem uma adolescente, feita parva a olhar para o rapaz, alternando entre uma espécie de transe e momentos de felicidade indescritíveis, pontuados certamente por algumas escapadelas de histeria, e dependendo da multidão dinamarquesa, muitos saltos em massa ao som das músicas mais a abrir.

PS: É importante, ou não, referir que a mãe dele é dinamarquesa. Seja lá o que for que isso significa.

24/10/2009

mistério

Andei com uma banana na minha mala, mais ou menos aos tombos, durante mais de 24 h. Quando a comi, não tinha nem uma nódoa negra.

20/10/2009

histeria

livros

Um bom livro começa a ler-se devagarinho, assim com quem não quer a coisa, aos poucos.

(passam dias e páginas)

Sabemos que estamos a adorar o livro quando chegamos aí a um pouco menos de meio do livro, e nesse momento estamos tão embrenhados que sentimos necessidade de parar, levantar os olhos, e estar uns minutos sem pensar nem faser absolutamente nada.

(para depois voltar a mergulhar, claro)

16/10/2009

sexta-feira à noite

#1 hej. do you have vodka?
#2 yes. but no juice.

15/10/2009

hoje fui pela primeira vez à ópera

E saí de lá com isto na cabeça.

12/10/2009

e-mail que recebi no outro dia

Cara amiga e amigo,

Como se encontram? Eu encontro-me bem aqui onde estou. A vida por aqui é tipica deste sítio. As pessoas fazem aquilo que os americanos fazem na américa. São pessoas bastante normais. As pessoas da empresa trabalham na empresa e eu vejo-as lá a fazer aquilo que devem fazer. Estive um mês a viver com a maria joaquina: foi na casa dela. Na casa dela moram as pessoas que moram com ela. E são todos pessoas normais. Todas vão à escola e lá estudam aquilo que estão a estudar.

Agora já vivo no meu sitio, que fica num outro sitio. Na minha casa moram as pessoas que cá estavam antes de eu me mudar. Parecem-me todos fixes e são todos de nacionalidades diferentes, tendo cada um nascido no país da sua nacionalidade. A casa tem o tamanho que é definido pelas distâncias entre as suas paredes.

Quanto a mim (propriamente dito) tenho ido todos os dias para o sitio onde vou. E lá faço as coisas que sou suposto fazer nesse sitio. Às vezes chego mais tarde e às vezes chego mais cedo, mas é sempre ao mesmo sítio. No mesmo sítio onde faço essas coisas, outras pessoas fazem outras coisas, mas faz tudo parte das coisas que se fazem naquele sítio. Tenho tido pensamentos pessoais e outros não tanto pessoais. Alguns deles chego a transformar em palavras e as pessoas que estão perto de mim ouvem... e às vezes respondem; e depois eu respondo de forma adequada.

De resto tenho feito as coisas que se fazem fora do trabalho, e tenho-as feito fora do trabalho onde elas se fazem. Essas coisas dão me prazer e ás vezes aborrecem-me (conforme a coisa e a duração dessa coisa).

E pronto cá vou ficar mais o tempo que aqui ficarei até não estar mais aqui. Mas até lá continuarei a fazer coisas e a ir a sitios e a ter pensamentos.

Beijos

--
Eu



(reproduzido com permissão do autor)

tudo é relativo

Viena é uma cidade a sério. Ao pé de Viena, Copenhaga é uma cidade fofinha, mesmo que ao pé de Estocolmo Copenhaga seja uma cidade a sério. Copenhaga não é grande nem pequena, tem o tamanho ideal. Pode-se dizer o mesmo de Viena, mesmo que seja muito maior do que Copenhaga. Uma cidade a sério precisa de confusão, de eléctricos, mais do que 5 "bairros" distintos, muitas pessoas, mais do que 3 linhas de metro, trânsito e hora de ponta sem ser em bicicletas, prédios com elevadores, blocos de apartamentos, prédios com mais do que 4 andares, pessoas diferentes, pessoas que não se sabem vestir, e de um número infinito de lugares fixes para descobrir. É por isso que Copenhaga não é bem uma cidade a sério. Não me importava nada de viver em Viena, se soubesse falar alemão.


11/10/2009

Estive em Viena

Não comi schnitzels nem goulash, mas comi sushi e comida turca, e apfel cenas. Não tirei muitas fotos, nem comprei postais, nem trouxe souvenirs para ninguém, nem andei de bicicleta. Não conheço a noite de Viena, nem conheci nenhuma pessoa austríaca, nem fui a concertos. Não usei telemóvel e consegui com que a Diana ficasse sem telemóvel durante uma semana também (ou mais?). Fui ao IKEA e comprei lençóis para a minha cama em Copenhaga. Comprei rolos para a Holga e também fui à Americal Apparel, e comprei roupa numa loja onde passou o CD todo da Fergie, que nem é assim tão mau. Fui de eléctrico, metro, comboio e shuttlbus para o "trabalho", como se o fizesse todos os dias, e dormi em todos eles, como de costume. Bebi sturm e cerveja austríaca, estive numa festa internacional onde só se falou alemão, e fomos obrigadas a infiltrar-nos numa festa de PhD. Estive constipada e com febre e uma noite quase sem dormir, e fizeram-me chá, deram-me massa e chocolate, pêras bêbedas e maçãs assadas, cuscus, limoncello e cenas italianas. Passeei nas escadas do prédio de toalha enrolada, todos os dias, e visitei o parque de diversões mais surreal de sempre.

Curti bué.

10/10/2009

sobre Estocolmo

Esteve sol, esteve muito sol. Deve ter sido literalmente o último fim-de-semana de Verão, e que fim-de-semana: 0,00 nuvens no céu, suecos e suecas em bikini a jogar vólei na relva e turistas em todos os cantos.

Foi um bocadinho melhor do que da primeira vez, porque vi coisas que não tinha visto, fui a bares fixes, estava sol e calor e pedalei por todo o lado. O lado verdinho de Estocolmo consegue competir com o lado verdinho de Copenhaga. Mas o lado cidade não tem comparação. E eu preciso muito do lado confuso da cidade.

capacidade

Acho que temos um limite de número de pessoas de quem sabemos o nome ao mesmo tempo. A partir de certa altura, começa a ser difícil lembrarmo-nos do nome das pessoas que acabámos de conhecer, e provavelmente para nos lembrarmos temos que nos esquecer de outros nomes de pessoas que já conhecemos há mais tempo mas com quem nunca nos chegámos a dar muito. Ou então é da idade.

De uma maneira ou de outra, muitas situações embaraçosas poderiam ser evitadas se a nossa capacidade de memorizar nomes e caras fosse maior.

02/10/2009

vida dura

É quando se tem as mãos tão ásperas que passar os dedos nas meias causa malhas.

01/10/2009

it's not fair and it's really not ok

Quando andamos de bicicleta e fazemos algum disparate que envolve metermo-nos à frente de um carro, levamos com uma buzinadela que nos faz sentir imediatamente culpados e só queremos enfiar-nos dentro do cesto.

Se um carro infringe a regra essencial de condução numa cidade cheia de ciclistas, ou seja esquece-se de olhar antes de virar para a direita, fazendo com que nós tenhamos de travar bruscamente para não nos espatifarmos contra o carro e podendo causar mesmo um choque em cadeia de ciclistas, não são 3 ou 4 campainhas que o vão fazer reparar em nós. Quase que mais vale bater no carro, nem que seja ao de leve!

25/09/2009

surreal

É tentar descrever a Engª Margarida aos dinamarqueses ao som do Dr. Jones dos Aqua.

Não mais surreal do que isto claro. Para a próxima lá estarei :)

23/09/2009

o chá evapora-se

e o dilema impõe-se: encher até à borda e acabar sempre por me queimar de cada vez que pego na caneca para levar à boca, ou pôr menos e beber dois ou 3 dedos a menos de chá?

18/09/2009

A Estocolmo, este fim-de-semana, para uma segunda oportunidade. Não que alguma vez vá ser melhor do que Copenhaga, mas pode ser que suba um bocadinho no ranking.

08/09/2009

radar!

É impressão minha ou desde há uns tempos para cá a radar está cada vez melhor? Ontem à tarde a sequência de músicas parecia uma daquelas mixtapes que só as pessoas que têm o dom de saber conjugar músicas conseguem fazer. E à hora do jantar o radar 20 anos não ficou nada atrás. E eu que já era fã.

24/08/2009

rotinas

No dia-a-dia toma-se banho de manhã antes de sair de casa. Durante as férias, toma-se banho à noite antes do jantar.

Sabe bem tomar banho antes do jantar.

19/08/2009

from 1984, me too, so what?

Relva, céu azul, óculos de sol, água, ausência de lama, grøn tuborg, Florence & The Machine, Lykke Li, The Raveonettes, Band of Horses, Ladytron e Arctic Monkeys: as premissas eram boas. E concretizaram-se todas, com a Florence a conquistar os corações dinamarqueses, os Raveonettes a embalarem-nos eficientemente, a Lykke Li a pôr toda a gente a dançar, Band of Horses durante os últimos raios de sol a lançarem uns 'Tusind tak's e 'Fy fan's e também umas melodias engraçadas, Ladytron a abrir a noite em grande e... pois.

Depois de os Last Shadow Puppets me terem arrebatado completamente em estilo, determinacão e eficiência o ano passado na Vega, a expectativa para os Monkeys era alta, altíssima. À nossa volta ouviam-se coros entoando 'FROM 1984'. Novo álbum. Josh Homme. Single prometedor.

Mas quando os únicos diálogos com o público se resumem a 'Are you going to make a sad face everytime we play a new song?', 'This is the only song you'll know from the gig, so enjoy it' (antes da I bet you look good...) e outros ditos semelhantes, coroados por óculos escuros, uma data de cabelo e arrogância q.b.+++++++++, é como se a cereja no topo do bolo fosse afinal de plástico.

Preciso de recuperar antes de poder voltar a ouvir o Humbug com ouvidos de ouvir.

09/08/2009

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Agora já só tenho 3, a da esquerda foi embora. Estou apaixonadíssima pela terceira, a Canon Epoca. Fotos aqui.

06/08/2009

tive 7

Vai ser longo. A conclusão é: o sistema de classificacão académico dinamarquês podia ser mais consistente, simples e fácil de calcular. É como a conversão para coroas dinamarquesas: 1 euro = 7,4 coroas dinamarquesas. Não há maneira de dar volta a isto e penso sempre que é mais barato do que na realidade é. Enfim. Adiante.

Evolucão do sistema de classificacão académico dinamarquês, via wikipedia.

1788: Latin scale
The Latin scale had five steps:
Laudabilis præ ceteris
Laudabilis
Haud illaudabilis
Non contemnendus
0
0 was an outright failing grade - there was a limitation of the number of non contemendus there could be in a passing student's examination. The highest grade, laudabilis præ ceteris was explicitly named a grade for exceptional purposes only.

1805: Ørsted scale
The first version of the Ørsted scale had six steps:
Ug - udmærket godt - excellently good (numeral value: 8)
Mg - meget godt - very good (7)
G - godt - good (5)
Tg - temmelig godt - pretty good (1)
Mdl - mådeligt - all right (−7)
Slet - bad (−23)

1871: Extended Ørsted scale
In 1871 the Ørsted scale was extended with plus and minus-steps, and numeral values were added accordingly.
Ug (8)
Ug− (7⅔)
Mg+ (7⅓)
Mg (7)
Mg− (6⅓)
G+ (5⅔)
G (5)
G− (3⅔)
Tg+ (3⅓)
Tg (1)
Tg− (−1⅔)
Mdl+ (−4⅓)
Mdl (−7)
Mdl− (−12⅓)
Slet+ (−17⅔)
Slet (−23)
The g was still the minimum passing grade.

1903: Numeral scale
In 1903 the Ørsted-scale was scrapped for a numeral one, with five steps:
8
6
4
2
0
8 and 0 were – like laudabilis præ ceteris – exceptional grades. You would fail if you had two or more zeroes in your exam.

1911: New numeral scale
In 1911 another numeral scale was introduced:
6
5
4
3
2
0
4 was the minimum passing grade.

1919: Extended Ørsted scale
In 1919 the extended Ørsted scale returned, with numerals.

1943: Modified extended Ørsted scale
This version, introduced in 1943, changed the numerals (essentially by adding 7 to the former numbers) and removed the mdl−- and slet+-grades:
Ug (15)
Ug− (14⅔)
Mg+ (14⅓)
Mg (14)
Mg− (13⅓)
G+ (12⅔)
G (12)
G− (10⅔)
Tg+ (9⅓)
Tg (8)
Tg− (5⅓)
Mdl+ (2⅔)
Mdl (0)
Slet (−16)

1963: 13-scale
The 13-scale was introduced in 1963 and used until 2006 (2007 in universities). The scale started out as a relative scale but has since its introduction in 1963 changed to an absolute scale at all levels of education.
13 - given for the exceptionally independent and excellent performance.
11 - given for the independent and excellent performance
10 - given for the excellent but not particularly independent performance
9 - given for the good performance, a little above average
8 - given for the average performance
7 - given for the mediocre performance, slightly below average
6 - given for the just acceptable performance
5 - given for the hesitant and not satisfactory performance
03 - given for the very hesitant, very insufficient and unsatisfactory performance
00 - given for the completely unacceptable performance

The gaps between 00 & 03, 03 & 5 and 11 & 13 are there to signify a larger difference between those grades.

Starting with the academic year 2005-06, a new scale was introduced, 7-trins-skalaen ("7-step-scale"; colloquially dubbed the 12-scale), designed to be compatible with the ECTS-scale:

12 - excellent - high level of command of all aspects – no or only a few minor weaknesses
10 - very good - high level of command of most aspects – only minor weaknesses
7 - good - good command – some weaknesses
4 - fair - some command – some major weaknesses
02 - adequate - the minimum requirements for acceptance
00 - inadequate - does not meet the minimum requirements for acceptance
−3 - unacceptable - unacceptable in all respects.

Tive 7.

23/07/2009

sobre o concerto dos the gutter twins

O Mark Lanegan a cantar alegremente sobre The joy of moving on?

Não.

Se alguém puder afastar o Greg Dulli e os seus tiques Bruce Springsteanos do Mark, eu agradecia.

sobre comer gelados na rua

uma coisa é come-los no inverno, outra é come-los à chuva.

07/07/2009

heavy cross

Amanhã, no sítio do costume, lugar cativo na primeira fila com os cotovelos no palco. Só espero que não haja stage diving.

06/07/2009

verão

É ter sempre a janela aberta. E não usar calças de ganga. Há duas semanas!

01/07/2009

é por estas e por outras que eu gosto do Netto

O Netto, como qualquer instituição que se preze, tem uma página no facebook, e eu sou fã. Volta e meia, o Netto actualiza o seu estado para

Morangos dinamarqueses apenas 15 coroas, só amanhã, na TUA LOJA NETTO

ou

Bom tempo e melancias 24 coroas. YES SIR!

Muito bom.

a partir deste fim-de-semana


E cito "The city will be boiling..."

frustração

Não serve absolutamente de nada ter um frasco de meio quilo de azeitonas verdes recheadas com pimento para acompanhar a deliciosa massa com refogado de pimento para o almoço de amanhã, se não o conseguimos abrir.

30/06/2009

music for the masses

Hoje, para além de estar um calor insuportável, é o último dia do mês de Junho, o que significa que a partir de amanhã os dinamarqueses vão todos de férias. Para celebrar isto, houve o churrasco anual do departamento, com muita comida, cerveja, calor, boa disposição, etc etc. Tudo muito giro, toda a gente fala bué com toda a gente, tocam-se Beatles e Bob Dylan na guitarra e harmónica, e amanhã volta tudo à rotina de cruzamentos no corredor apimentados com acenos de cabeça, excepto para os sortudos que vão de férias. Não faltou, claro, a clássica chuvada de 15 minutos para refrescar ideias.

No caminho para casa, ao pedalar pelo estádio, lembro-me que hoje é o concerto dos Depeche Mode, e ouço o barulho. Salto da bicicleta, ainda é de dia, ainda está calor, e estão umas 30 pessoas cá fora. Dá para ver o palco através das grades e para ouvir tudo perfeitamente, e estão a tocar Enjoy the Silence. Muito bom. Quando começa tocar a Never Let Me Down Again até fico arrepiada e relembro a altura, bastante recente, em que descobri que Depeche Mode era fixe e não ouvia outra coisa. Eles vão-se embora, e o público não se cala durante 5 minutos... é engraçado estar do lado de fora e ver esta reacção. Acho fascinante quando se está perante (ou entre) um grupo enorme de pessoas, todas ali com um fim, o mesmo fim, algo que as une. É sempre uma sensação fantástica.

Para as massas, os meus preferidos.

calor

repete para ti mesma:

- calor é bom
- está-se mesmo bem assim no quentinho
- não te queixavas que não dava para usar roupas de verão na dinamarca?
- está-se mesmo bem com o sol a dar na janela o tempo todo
- estar de bata no laboratório com este calor é bom!
- até dá para ganhar uma corzinha nas áreas expostas
- a água da costa às vezes é mais fria!
- churrasco? hoje? com este calor? claro!
- há que aproveitar agora, daqui a nada comeca a chover

está complicado!

teoria

O Lars viu o devil come to hell and stay where you belong e fez o Antichrist.

Ok, não tem nada a ver. Mas até tem um bocadinho.

26/06/2009

O melhor dia para reuniões é definitivamente sexta-feira a seguir ao almoço. Sai de lá tudo bem disposto.

25/06/2009

A melhor coisa que pode acontecer quando se está a fazer uma apresentação é ter pessoas na audiência a acenar com a cabeça com ar de quem está a perceber tudo o que estamos a dizer. Mesmo que não esteja.

23/06/2009

O que é que fazem duas portuguesas, dois franceses, dois turcos e uma chinesa, às 3 da manhã, num monte no sul da Suécia, rodeados de vacas e pedras, a rapar o maior frio de sempre e a tentarem aquecer-se em vão com um engangs grill?

Esperam por isto:



Fotos cortesia de, como é habitual, bjaglin.

18/06/2009

passagens secretas

Passagens secretas é do melhor que há. Cada vez que estou a ler um filme ou a ver um livro e se descobre uma passagem secreta lá para o meio, fico com o coração aos pulos e um nervoso miudinho que vai quase até às lágrimas. Isto inclui salas escondidas, túneis secretos, prédios construídos com uma rede de corredores e salas secretas, etc etc.

Já foi suficientemente engraçado em Lund, onde muitas vezes é possível passar de um prédio para o outro através de corredores na cave, com portas intermináveis, umas que abrem e outras não, com bicicletas, arrecadações, máquinas de lavar e barulhos estranhos.

Podem por isso imaginar como eu fiquei quanto a Rita me disse que como o actual campus da DTU foi construído durante a Guerra Fria, todas os edifícios estão ligados por túneis subterrâneos. Há toda uma rede de passagens subterrâneas por baixo da DTU. Muito bom mesmo.

Também é engraçado saber que na avenida central da DTU, que a divide em dois, podem aterrar aviões, se se cortarem as árvores.

15/06/2009

lema

Atrás de uma cereja, vem sempre outra cereja. (anónimo)
1 fim de semana sem estar em frente ao pc = 45 minutos segunda feira de manhã no trabalho a ler/ver o google reader e afins na diagonal e a abrir em tabs novas o que for para ler/ver com atenção, talvez terça feira de manhã, ou quem sabe, a seguir ao almoço. Com a porta do gabinete fechada, claro.

12/06/2009

temos uma situacão

Metereologicamente falando, o tempo em Copenhaga, como em grande parte das cidades do norte da Europa, tem diversos problemas. O primeiro de todos é, claramente, a quantidade de horas de luz no Inverno. Mas este problema é totalmente compensado pela quantidade de horas de luz no "Verão", por isso tudo bem. O segundo problema é o vento. E o grande problema do vento em Copenhaga é que ele vem de todas as direcções e vai para todas as direcções, não há salvação possível nem argumentos do género 'Agora a voltar é mais fácil, estamos no sentido do vento'. É uma espécie de Lei de Murphy: o vento vais estar sempre contra ti, vás em que sentido fores.

A situação é a seguinte: não pára de chover desde 3a feira, e especialmente hoje, está muito, muito vento. E eu e a Inês vamos ter que correr 10 km em Copenhaga, desde as 22h da noite e até no máximo as 23h30. Vai ser giro.

10/06/2009

pedalar+chuva+bicicleta+mandar sms+cerveja no bolso do casaco = extreme danish

isto ao vivo é mais giro

A população feminina de Copenhaga marcou presença em peso no Den Grå Hal de Christiania para ver as CocoRosie, e não foi por acaso. Pensamentos que vos podem ocorrer se estiverem num concerto de CocoRosie:

- Aquilo é mesmo a voz dela?

- E dela?

- Claramente, elas tiveram aulas de canto

- (boca aberta de espanto o concerto todo)

- Ela tem vestidas umas leggings de cabedal, lingerie vermelha por cima e um avental?

- Acho que elas foram ao "stand de roupas usadas põe-e-tira" de Christiania e tiraram a primeira coisa que lhes apareceu à frente

- Ela está a cantar o Turn me On ????????????????????'

- Ela está a fazer aquele barulho com a boca?

- E para além disto tudo, ela ainda dança bem????

- Queremos BUÉ ser como elas.

Sempre esperei ver um bom concerto, mas isto superou todas as minhas expectativas. Concerto do ano, já.

o que é que as CocoRosie têm a ver com o Kevin Lyttle?

09/06/2009

Sempre gostei do ditado 'quem anda à chuva molha-se'.

Quem pedala à chuva também se molha. Mais ou menos, é que já não sei,

das duas uma:

Ou inventam umas calças de ganga à prova de bicicleta, ou um selim que não rompa todas as minhas calças de ganga. Assim é que não pode ser!

03/06/2009

A propósito disto (não achei anda em inglês): detesto quando os filmes baseados em livros que eu quero ler saem antes de eu ter lido o livro.

02/06/2009

momento

Pedalar, Copenhaga, iFriend, dEUS - Little Arithmetics, sol, perfeito. A caminho da aula de dinamarquês. Sair do elevador, pause. Aula de dinamarquês, 2h30, extremamente aborrecida. "Fast-forward", sair da aula, play! - e os dEUS continuam a tocar Little Arithmetics como se nada se tivesse passado. Como aqueles momentos nos filmes em que se interrompe a cena para pôr lá um flashback qualquer, e depois se volta à cena e tudo continua como se nada se tivesse passado.

01/06/2009

andava quase há duas semanas a tentar lembrar-me de qual tinha sido a música que me deixou um bocado histérica, porque já não me lembrava da sua existência, quando passou aqui. obrigada!

exames e isso

Nunca gostei de estudar para exames. Sim, trivial, eu sei. Mas é que eu detesto mesmo. Saber que vou ter que passar os próximos dias a estudar quando podia estar a faser qualquer outra coisa aborrece-me imensamente. Adiar exames, então é que nem pensar. Se posso estar despachada amanhã, não quero ter mais uma semana pelo meio com o exame em vista.
Tive portanto a brilhante ideia de escolher duas cadeiras de mestrado para ganhar 1/3 dos créditos necessários para o PhD. Brilhante mesmo, hmmmmmm estudar outra vez, fazer exercícios e cálculos, estudar teoria, tão bom.
Nunca tinha feito exames sem ser em Portugal. Aqui pode levar-se tudo para o exame - livros, rascunhos, resoluções, apontamentos, e sim, o computador! Eu não sabia (do computador), e pronto, senti-me um bocado old school quando lá cheguei. Mais tarde descobri que em época de exames a rede wireless está desligada nos edifícios em que há exames. Ok, mais normal. Mas parece que isso pode mudar. De resto, aquilo é estilo exames nacionais: lugar marcado (felizmente fiquei no meu lugar de eleição, o fundo da sala, ideal para aqueles momentos em que não podemos fazer mais nada senão contemplar a sala, já que o cérebro bloqueou), envelope para entregar no final devidamente preenchido, folha fornecida no momento para preencher com tudo e mais alguma coisa, em todas as páginas, e telemóveis todos numa mesa, devidamente identificados com o nosso número de mesa com um post it cor-de-rosa (para o caso de tocarem). Não esquecer o farnel em cima da mesa.

Diferenças à parte, o resto não muda assim tanto. Dos dois que tive, um era daqueles com rasteiras que nos fazem refazer o exercício quase todo e depois não dá tempo para acabar, e ou outro é (vai ser, amanhã) igual ao(s) do(s) ano(s) passado(s), e por isso se levarmos a resolução não tem nada que saber. Grandes momentos de dejà vu. Não quero repetir...

30/05/2009

there will be soup

(Inserir foto de mim e da minha avó com a pequena sereia ao fundo)

24/05/2009

Eu queria escrever qualquer coisa decente sobre as novas experiências gastronómicas que tive na Bolívia, mas o tempo por aqui escasseia e já ando a adiar posts há demasiado tempo.

Mas que fique aqui registado que o melhor sushi que alguma vez comi (num restaurante) foi na Bolívia. Claro que não fui assim a tantos restaurantes de sushi. Nem aos melhores: a quantidade e o preço acabavam sempre por prevalecer sobre a qualidade, no momento da escolha. Felizmente, nada disto foi um problema quando fomos ao Wagamama de La Paz. Não sei se de ter sido feito com truta fresquinha do Lago Titicaca, ou se eles realmente sabiam o que estavam a fazer, mas estava delicioso.

23/05/2009

é bom e recomenda-se

Dan Brown, lê isto e reforma-te já imediatamente se faz favor (não que tenha alguma coisa a ver, mas ocorreu-me).

Já me tinha esquecido de como adoro policiais. Ainda por cima é sueco. Muito bom. E o título da versão inglesa não é propriamente o titulo mais atraente de sempre... não percebo como é que Män som hatar kvinnor (algo tipo homens que odeiam mulheres) se transforma nisto. Marketing? Não sei. Não interessa. Leiam, leiam.
Hoje de "manhã" ao "pequeno almoço" disseram-me que na Dinamarca é legal fazer o barulho que nos apetecer em casa até às 5 da manhã, às sextas e aos sábados. E de repente tudo fez sentido: nunca termos tido queixas dos vizinhos por causa do barulho quando damos festas, e da primeira vez, quando pusémos um papel na porta a avisar que íamos dar uma festa, um deles até nos bateu à porta a agradecer o facto de termos avisado.

Só mesmo na Dinamarca

21/05/2009

sempre vivi ao pé de um estádio de futebol.

Aqui ou em Portugal, dias de jogo estragam sempre o trânsito. Seja o de carros ou de bicicletas. Não é nada fácil pedalar, ou melhor, ziguezaguear, por entre dinamarqueses com copos de cerveja na mão, famílias inteiras e polícias à mistura.

17/05/2009

anti-chic

Copenhaga não é só dinamarquesas de leggings, piqueniques na relva de cestinho e copos de vinho, bicicletas fashion, carrinhos de bebé, brunch e hyggeligt.
Felizmente. E para nos lembrar disso, existe sempre Nørrebro. E para festejar isso, existe sempre o Nørrebro Festival. Ainda bem.

Foto: Jonathan Bjerg Møller in Politiken, 2007. (agora já está assim)

13/05/2009

mau timing

Depois de em Setembro do ano passado, a Dinamarca ter ganho 3-2 contra Portugal na qualificação para o mundial 2010, e de cerca de 20 portugueses terem saído do bar com os cachecóis escondidos dentro dos casacos, fiquei entusiasmada com a ideia de ir ver o jogo Portugal-Dinamarca este ano no estádio cá ao pé de casa, e já estava com grandes ideias de reunir uma claque gigante para irmos para lá fazer a festa.

Tanta coisa, e descobri que marquei há pouco tempo a minha próxima estadia em Portugal exactamente na altura em que vai ser o jogo... muito, muito inteligente. Nem o google calendar me serviu. Enfim.

07/05/2009

O Jens e os of Montreal fizeram-me companhia nas minhas duas últimas noites solitárias de trabalho, e dei por mim a sorrir de cada vez que ouvia uma referência à Escandinávia.

Comecei a ler um best-seller sueco (para desanuviar do Saramago - foi o meu primeiro e preciso de recuperar - mas adorei) e as referências não param e têm o mesmo efeito. Foi a mesma coisa quando li A Rapariga das Laranjas do Jostein Gaarder há pouco mais de um ano, depois de ter estado em Göteborg (já lá vai tanto tempo?).

Será que estou a ficar apegada? Provavelmente. Sei que um dia vou ter saudades disto. Tuborg, relva, sol, 7-Eleven, bicicletas, Netto, churrascos, e o melhor pós-inverno de sempre. Não há nada como a estação que se segue a seguir a um inverno escandinavo, seja ela quando for e tenha o nome que tiver. É lindo.

Did you take tram #7 to heaven?
Did you eat your banana from 7-Eleven?

06/05/2009

estes dinamarqueses...


Na sequência do post anterior, descobri este gráfico. Os dinamarqueses deram-se ao trabalho de representar a temperatura média de todos os meses de Abril (eixo dos xx) contra a precipitação nos meses de Maio-Junho-Julho (eixo dos yy), para cada ano. Só para provar que não há qualquer relação e portanto o facto de ter estado tipo BUÉ calor em Abril não nos deve tirar as esperanças de um Verão em cheio. Muito bom.

desde 1874

Que não havia um Abril tão quente em Copenhaga. E foi só em 1874 que começaram a medir.

28/04/2009

primeiro estranha-se, depois entranha-se

Hoje foi a minha última aula de natação do semestre. acabámos a nadar crawl ao contrário, isto é, para trás. um autêntico desafio: não tentem em casa, sff.

Depois de um ano praticamente sem levantar o rabo da cadeira (andar de bicicleta não conta, e correr duas vezes até à pequena sereia e voltar também não), em Fevereiro finalmente me decidi a inscrever-me nas aulas de natação. Na rifa saiu-me um professor espanhol a falar dinamarquês, e uma piscina de 25 m estilo "touca gigante" dos anos 80 (piscina do campo grande, alguém?).

Já me tinham dito que os hábitos balnearenses na Dinamarca eram um bocado diferentes dos de Portugal. Ainda assim, a expressão do título deste post aplica-se completamente. A saber:

- Ninguém (ou quase) anda de chinelos. Viva o pé de atleta!
- Também quase ninguém usa touca.
- Não se pode andar calçado no balneário (o que fas sentido, para proteger as pessoas que não andam de chinelos...)
- Antes de ir para a água é obrigatório tomar um duche como deve ser, champô e gel de banho incluídos. Aliás, está espalhado pelo balneário todo um desenho bastante explícito:

O processo deve ser repetido sempre que se for à casa de banho e antes de entrar na sauna.
- Depois da aula, é passar por água e toca a correr para a sauna! Que invariavelmente está cheia de crianças dinamarquesas tagarelas. Claro que o único textil permitido (e obrigatório) na sauna é a toalha para sentar, a entrada de fatos de banho está totalmente interdita.

Ou seja, aquela cena de chegar lá com o fato de banho já vestido de casa não pode acontecer, e se acontecer, o infractor(a) será objecto de muitos olhares estranhos.

3 meses depois, isto até faz tudo sentido. Se as regras de higiene forem cumpridas, duvido que se apanhe pé de atleta, e nunca encontrei mais cabelos na piscina do que em Portugal.

Excepto nadar crawl ao contrário, claro.

15/04/2009

experimentações com uma palhinha

Mais uma manobra de diversão para o síndroma de tédio no aeroporto. Ou como tornar a vossa bebida transparente numa bebida transparente, mas vermelha, temporariamente.

Resta-me acrescentar que, por motivos de prevenção da nossa rica saudinha, uma das precauções a ter na nossa viagem à Bolívia foi não beber nada que não estivesse engarrafado. Ou seja, para matar a sede, coca-cola e 7up para toda a gente (alternando com cerveja boliviana claro)! Não me perguntem porquê, mas eu optei quase sempre por 7up (refresca-me sempre mais que a coca-cola) e portanto 10 dias depois já não podia ver líquidos transparentes com bolhinhas à minha frente... se tivesse tido fácil acesso a palhinhas coloridas durante a viagem tinha sido muito mais giro.

02/04/2009

fairy

Não há nada como um detergente verde, com cheiro a detergente, normalíssimo, para lavar a loiça como deve ser. Quem se lembrou de inventar detergentes cor-de-rosa, com cheiro a flores ou a maçã verde, claramente não sabia o que estava a fazer. O de limão ainda vá que não vá... agora 'vel' ou 'netpop', esqueçam lá isso. Não há nada como fairy original, seja em que país for.

E ainda está para vir o substituto do Sonasol Amoniacal. Não há cillit bang que valha!

01/04/2009

como se não bastasse

que o 150S tivesse internet wi-fi, agora também tinham que pôr GPS+Google Maps para sabermos sempre onde estamos? Écrans, colunas, tomadas para ligar o computador, mesinhas, e assentos mais ergonómicos para o pessoal que usa o portátil ao colo não ficar corcunda? E uma lâmpada individual para cada assento? Não se lembraram de mais nada? Ele realmente há coisas...

(google maps+gps em pleno funcionamento no canto inferior esquerdo do écran - estou maravilhada!

31/03/2009

canon epoca

Aqui em Copenhaga também há freecycle, e inscrever-me na mailing list foi das primeiras coisas que fiz assim que cheguei à Dinamarca. Fiquei um bocado surpreendida, pois a actividade no grupo não é nem sequer comparável à do grupo de Lisboa.... se recebermos dois e-mails com ofertas por semana já é muito! Acho que o conceito não está muito divulgado. Ainda assim, foi por cá que tive a minha primeira aquisição freecycliana (em Lisboa só tinha feito algumas ofertas), que consistiu numa cadeira de secretária para o meu quartinho do 5º andar na Rua da Prata dinamarquesa. Entretanto mudei de casa e cadeira ficou por lá.

Eu até nem costumo dar muita atenção aos posts, que são mesmo muito esporádicos e na maioria das vezes são em dinamarquês, e quando vou a traduzir descubro que são móveis gigantes que eu nunca vou conseguir transportar. Mas na semana passada alguém mandou um mail em inglês, e eu só li as palavras 'máquina fotográfica anos 90' e respondi logo a dizer que estava interessada, não é todos os dias que alguém dá uma máquina fotográfica assim... long story short, isto foi o que me saiu na rifa:

Não é um pássaro, nem um avião, nem um super-homem, muito menos uma câmara de filmar! É mesmo uma máquina fotográfica.

As expectativas estão mais ou menos elevadas, e a curiosidade, essa então está ao máximo. Mais desenvolvimentos daqui a 36 fotografias (o que vale é que a Primavera está a começar, ou, ok, sejamos razoáveis, que pelo menos os dias estão maiores).

Para quem não sabe o que é o freecycle, não há nada com inscreverem-se no vosso grupo local, procurem-no aqui. Ou então falem com o Sérgio.

28/03/2009

so 90's



a primavera está aí, está mesmo quase, hoje vi flores!

we are young, we run green,
keep our teeth nice and clean,
see our friends, see the sights,
feel alright!

we wake up, we go out,
smoke a fag, put it out,
see our friends, see the sights,
feel alright!

we are young, we get by,
can't go mad, ain't got time,
sleep around if we like,
we're alright!

got some cash, bought some wheels,
took it out, 'cross the fields,
lost control, hit a wall,
we're alright!

20/03/2009

A Substituta

(Não, não é o nome da nova telenovela da TVI)

Ontem fiz-me sócia da Cinemateca cá da terrinha, e em boa hora, porque isto tem andado fraco e não pode ser. Agora que já sou uma pessoa empregada (posso dizer isto?) já não me posso queixar do preço, mas assim sempre é um incentivo, ir mais vezes para compensar a anualidade.

Todos os meses na Cinemateket passam um filme dinamarquês com legendas em inglês. Embora não tenha sido frequentadora assídua destas sessões, das duas vezes que lá fui não fui nada mal servida, antes pelo contrário: quase que me apetece dizer que na Dinamarca não se fazem filmes maus.

Depois de The Art of Crying, saem-me com "A Arte de transformar um argumento à partida digno de um filme de terror mauzinho totalmente incoerente num misto de ficção/drama que me deixou nervosa durante 90 minutos que pareceram uma eternidade, com uma fotografia deliciosa e imagens lindíssmas, boas actuações, e aquele sentido de humor negro/discreto/oportuno que parece quase ser marca registada".


Acho que vou ter pesadelos com esta mulher. Tipo assim:



Se calhar vocês não vão achar nada disto, e é só por eu estar aqui e eles serem todos tão dinamarqueses e falarem dinamarquês que o filme teve este efeito em mim, não sei. Mas que saí de lá totalmente boquiaberta e meio atarantada, isso não posso negar. Até andei de bicicleta melhor e consegui fazer algo que nunca tinha conseguido fazer como deve ser, que é travar com o pé direito em vez de com o esquerdo e pôr o pé em grande estilo na borda direita do passeio enquanto espero que o semáforo fique verde.

ou se está inspirado, ou não se está

e como vocês podem ou não saber, passei uns dias na Bolívia aqui há uns tempos, e ainda não tive a inspiração para escrever sobre isso. Mas as novas tecnologias servem para mais do que responder a questionários irrelevantes no facebook, e há que tirar partido delas. Segue por isso um bocadinho de uma das enésimas viagens de táxi que fizémos em praticamente todas as cidades onde estivemos, neste caso La Paz:

Sinceramente, gostava de ter andado mais a pé e menos de táxi. Mas digamos que um turista em La Paz não se sente propriamente acolhido de braços abertos nas ruas, que não tínhamos assim muito tempo disponível para "deambular por aí" e a cidade é infinita, e que fomos ricos durante 10 dias.

18/03/2009

desculpem lá


mas isto aqui em cima fez-me ganhar o dia, após meses de NADA!

prometo actualizar isto em breve!

04/03/2009

Prometo não perder mais nada nos próximos tempos

A minha fé na boa vontade escandinava foi finalmente reposta ontem, quando ao voltar à minha bicicleta que tinha deixado na paragem de autocarro, ainda lá estava, na parte de trás, o meu saco da natação, que eu tinha abandonado ao esquecimento quando corri para o autocarro de manhãzinha. intacto! podia ser uma bomba perigosíssima, que ninguém tinha reparado. até tem lá escrito 'music killed me'.

E perguntam vocês 'Mas porque é que alguém havia de querer um saco com um fato de banho, uma touca, uns óculos, uma toalha, desodorizante, chinelos da loja dos 300 e amostras de champô e amaciador, ainda por cima de uma pessoa desconhecida?'

Pois eu também não sei muito bem, mas provavelmente pelos mesmos motivos que levam alguém a ficar com uma mochila cheia de roupa e sapatos alheios, esquecida no comboio.

Agora já me sinto um bocadinho mais confiante, como estava antes de ir para a Bolívia. Mas isso é outra história. Dêem-me tempo.

12/02/2009

a sério que eu pensei mesmo muito antes de pôr este vídeo aqui

mas para não variar, é demasiado bom. vejam por vossa conta e risco.

quero mais destes...

11/02/2009

150S

O meu autocarro chama-se 150S. São 20 minutinhos no quentinho, sentadinha. Em 20 minutos pode-se fazer muita coisa: ler, dormir, ouvir música, olhar pela janela, resumir o dia de trabalho e preparar o de amanhã, e neste caso, ir à internet. Ainda não me rendi, mas estes dinamarqueses realmente pensam em tudo. Pôr wi-fi no autocarro que vai para a Universidade, pois! E assim é possível adiantar trabalho, e é da maneira que se chega lá e os e-mails já estão todos respondidos/enviados e pode-se passar à acção.

Isto seria tudo muito bonito, se dormir no autocarro não fosse das melhores coisas do mundo. E digam o que disserem, o autocarro não é um sítio para se socializar. Não é impossível claro, mas aqueles 20 minutos na estrada saboream-se muito melhor sozinha do que acompanhada.

Melhor ainda, a meio do caminho pára no IKEA! O que é que se pode querer mais, do que vir para casa, e em caminho, pôr um pézinho no IKEA e trazer, sei lá, um tapete, um candeeiro, uma frigideira, um cacto?

me <3 150S

revolutionary road


às vezes sabe bem uma boa dose de realidade.

quem os viu e quem os vê

23/01/2009

vi elsker musik!

De inconveniente a essencial... se em tempos me queixei de que só havia 'cidades fm' em lund (e o mesmo se aplica a copenhaga), agora não quero outra coisa. Trabalhar no laboratório sem ouvir uma rádio que passe a mesma música 3 vezes por hora não é trabalhar no laboratório. Trabalhar num laboratório que não tenha a estação 'The Voice' (escolha de eleicão!) sintonizada é impensável!
Não há nada como pipetar ao som de Lady Gaga, Beyoncé, Pink, Katy Perry, Leona Lewis, Rihanna, Infernal, Pussycat Dolls, Nik & Jay, só para referir alguns.

Principalmente se for sexta feira!

22/01/2009

the thai way

Era uma vez, em Lund, uma pequena roulotte chamada ThaiWay. Era uma roulotte branquinha, pequena, acolhedora, sempre estacionada no relvado ao pé do Kemicentrum, esse antro de cientistas loucos em Lund. Lá dentro costuma estar uma senhora sempre sorridente, que todos os dias servia deliciosamente um dos dois únicos pratos disponíveis para dentro das caixinhas de alumínio, com um batelão de arroz branquinho e cheiroso a complementar, a uma fila constante de cientistas e alunos.

Recordo com agrado a delicadeza com que ela dobrava as bordas da caixa de alumínio para fechar a caixa, e a punha dentro do saco de plástico roxo e dourado. Quando o molho da comida transbordava para o compartimento do arroz... hmmm.

50 coroas, sempre.

Era bom saber que podíamos contar sempre com roulotte ThaiWay, por 50 coroas, sempre. Das 11h30 às 14h, para nos salvar dos molhos suecos, ou quando já não havia comida nos outros sítios, quando não dava para trazer de casa, e mesmo no Verão quando já tudo está fechado... voltar para o departamento com o saco quentinho nas mãos no Inverno, ou comer sentada na relva ou nos bancos de madeira nos dias de sol...



Foi hoje que este trágico acidente se deu. A roulotte ThaiWay esvaiu-se em chamas e a senhora simpática foi parar ao hospital. Espero sinceramente que a senhora recupere rapidamente, e que possa voltar em força, com uma nova roulotte, mais segura, melhor equipada, e quem sabe até!, com mais do que dois pratos!

dica

Não é raro, aqui em Copenhaga, as pessoas cantarem enquanto andam de bicicleta. Basta ir dar uma volta a pé, e volta e meia passa por nós alguém de phones nos ouvidos e a cantar alto e bom som seja qual for a música que está a ouvir. Ao início estranhei e pensei que deviam pessoas um bocado lunáticas, depois comecei a achar piada e a ficar contente quando passava um por mim, é sempre bom estar rodeado de pessoas bem dispostas.

Hoje resolvi experimentar, e é tipo MUITO BOM. Uma sensação extremamente libertadora. Estão a ver cantar no duche? É tipo 10000 vezes melhor. Aquela sensação de que ninguém nos ouve, nem quase nós a nós próprios, e abafa ainda mais qualquer barulho embaraçoso que a vossa bicicleta possa estar a fazer.

Então se for ao som do Mr.November, ainda é melhor.

18/01/2009

sunday feeling


me shopping, originally uploaded by barely_legal.

Foi isto que aconteceu da ultima vez que eu e o brice fomos juntos as compras para o jantar de domingo a noite. Por isso decidi ficar em casa hoje.

Nao sei se comecemos a ver a segunda serie do Dexter hoje a noite, ou se vemos um filme, para variar um bocadinho.

15/01/2009

lacticínios

A Suécia, ou pelo menos o sul da Suécia, é um país extremamente rico em lacticínios. E o pior é que vêm todos em embalagens muito semelhantes, e claro, em sueco. Iogurtes ao litro, leite desde o gordo (3%) até mini (0,1%) (de gordura leia-se), ecológico e não ecológico, Fil (seja lá o que isso for), natas, crème fraîche, etc. Das primeiras vezes que tentei comprar leite foi uma animação. Mas o que é certo é que o leite da Skånemejerier ë dos melhores que já bebi!

Felizmente para eles, os suecos parecem bem saber o que querem. Há uns tempos apanhei isto à minha frente na fila do supermercado:

13/01/2009

mudanças

Está quase a fazer um ano desde que cá estou. Já morei em 4 sítios diferentes, e já ajudei várias pessoas a mudar de casa. E há medida que as coisas se vão acumulando, cada vez mais difícil e trabalhosa é a mudança. Felizmente, ainda não cheguei ao ponto "Empresa de mudanças", e portanto peripécias não faltam. A mudança de transportes públicos é sempre sem dúvida a mais atribulada... mas já sou expert em transportar aspiradores, cactos, cadeiras com rodinhas (lugar sentado garantido!), placards com papelada colada... e as malas do costume, é claro.

Encontrar um carrinho de supermercado à saída do comboio é ganhar o dia! Se tal não acontecer, basta dirigirem-se ao supermercado mais próximo e por a moedinha.

A versão alugar um camião tambem tem muito que se lhe diga, principalmente se for feita após 3 curtas horas de sono e após uma grande celebração. Mas não há nada como ser a pessoa que fica dentro do camião a dirigir as operações, até dá para fazer novas amizades.

Quando a casa nova não está mobilada, a visita ao Ikea é um must. Por muito que eu gostasse de comprar tudo em segunda mão, gastar menos dinheiro, ter coisas menos standard, nem sempre isso é possível. A necessidade de nos sentirmos minimamente confortáveis e instalados vem ao de cima... e é ver-nos a controlar não 2, não 3, não 4, 5! carrinhos do ikea cheios de caixas e colchões. Não é para todos!

Claro que dois fins de semana depois já não podemos ver o Ikea à frente, nem caixas, esferovite, o martelo e a chave de fendas, pregos, parafusos e plástico. Odiamos os senhores da caixa, os senhores da transportadora, o facto de termos que construis coisas e transportá-las escadas acima. E mesmo assim, conseguimos só acumular 4 sacos azuis! Que serão devidamente reutilizados.

Mas falta sempre alguma coisa... Dou-me por satisfeita se conseguir aguentar até Fevereiro para a próxima visita.