31/12/2009

Aposto que já tinham saudades de um post de queixinhas sobre uma companhia aérea

Desta vez a minha raiva dirige-se à easyjet, que ao que parece recentemente decidiu alterar a sua política de conduta no que refere à bagagem de mão, pelo menos desde a última vez que viajei com eles. Agora só se pode levar UMA peça de bagagem de mão, seja qual for o seu peso, incluindo computador e a eventual mala de senhora/bolsa de cintura/qualquer coisa onde vá à mão o iFriend, o passaporte, o telemóvel, o livrinho e a sandes.

Facto: quando se compra um bilhete de avião, está sempre escrito algures, seja qual for a companhia aérea, que cada passageiro tem direito a uma peça de bagagem de mão com as dimensões XxXxX. Claro que na prática toda a gente sabe que dá para levar o computador ou a bolsa pequena à parte, e nem vou falar das pessoas que levam “bagagem de mão” que só em sonhos teria as dimensões permitidas.

A justificação da easyjet para esta política mais restritiva e “mais justa” é que assim se reduzem os atrasos causados por 150 pessoas a embarcarem e a ficarem paradas no corredor a arrumar malas. Claro, reduz imenso. Aliás essa é sem dúvida a grande causa de todos os atrasos dos aviões, é o tempo que as pessoas demoram a sentar-se.

E claro que a maneira mais rentável de a easyjet tirar partido desta nova política é anunciá-la a 10 minutos do embarque, quando já estamos todos em filinha para lutar ferozmente pelo melhor lugar. E quem tiver 1,1 malas tem que pagar 22 € para mandar uma delas para o porão. Nada sobre a nova política quando se compra o bilhete, quando se faz o check-in na internet, quando se deixa a mala no balcão.

Claro que depois de ter pago 24€ de peso extra (2 quilinhos = 2 bolos-reis) (esta aqui também um dia ainda me vão explicar, porque é que nuns sítios se paga e noutros não, às vezes nos mesmos voos consoante quem faz o check-in, se os aviões são todos os mesmos), isto não cai nada bem. Muito menos com o voo atrasado duas horas, o que iria sem dúvida resultar em perder um comboio no aeroporto de Paris e pagar um táxi e mais um bilhete de comboio. Se a senhora hospedeira mo tivesse dito quando fui largar a mala grande, muitos nervos e conversas apaziguadoras inconsequentes teriam sido poupadas.
Claro que me deixaram tirar o computador, um livro e uma sandes da mala, porque ter uma mochila e uma carteira comigo atrasa o voo, mas ter só uma carteira, um livro, uma sandes, um computador e um casaco não atrasa nada. E assim até têm direito a um post zangado fresquinho escrito no avião, sem tempo para dormir sobre o assunto.
E claro que não ficou nada em terra, e tudo o que havia para transportar foi transportado no mesmo avião, que é do mesmo tamanho dos outros aviões das outras companhias que não tentam ganhar mais dinheiro a fazer os seus passageiros passar por parvos. Nem sugerem que o passageiro pague mais uns euros para cobrir as emissões de CO2, que essa também é gira.


Se low cost implica falta de transparência, então não gosto.

1 comentário:

  1. Eu escondi a minha segunda mala e tapete por baixo do mega casaco vermelho na ida para Londres, a segunda mala de mão pus debaixo do acento. E Londres - Copenhaga o mesmo apesar do avião ir quase vazio, nem seuqer fazia sentido essa política.
    22€ a mais por bolos-rei é ridículo... para fazerem políticas que as façam como deve ser, do género não fazerem as viagens tão baratas...!

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