Depois de dois anos a partilhar uma casa, finalmente me apercebi da importância de planear as refeições da semana, aproveitar o que se tem em casa, congelar cenas e isso. É que apesar da quantidade de jantares, festas e saídas, não foram poucas as alturas em que era preciso ir às compras dia sim dia não, por faltar sempre qualquer coisinha. Ou em que coisas com fungos a crescer no frigorífico tiveram que ir para o lixo.
Claro que agora está muito melhor, valham-me os blogs de donas de casa com receitas deliciosas, as amigas que convidam para jantar, chegam a casa 5 minutos antes de nós e tiram do congelador uma sopa deliciosa e a massa para quiche que fizeram durante o fim-de-semana, e claro, o exemplo da mãe.
Resultado: No outro dia fiz um caldo de pato para aproveitar os restos não comestíveis (para os meus padrões) do pato de um jantar de Natal (sim, no dia 4 de Dezembro, já se podem fazer jantares de Natal ok?). Depois de ter entornado metade e ter tido que limpar a cozinha toda outra vez, alguns dias mais tarde rendeu-me um jantar tardio de noodles delicioso quando não me apeteceu ir às compras; e este fim de semana o que sobrou acabou num risotto de cogumelos improvisado.
No meio das minhas pesquisas de receitas descobri que a gordura de pato é mais saudável do que o azeite, e que existe um certo "paradoxo francês", que consiste no facto de os franceses terem um número de mortes por ataque cardíaco significativamente menor do que nos EUA; a diferença é ainda mais significativa se se olharem para as estatísticas da Gasconha, região da França onde se come muito pato e ganso.
Agora só tenho que arranjar um destino para o meio litro (sólido) de banha de pato que tenho no frigorífico, que sobrou de um magnífico confit de pato enlatado proveniente do carrefour.
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