Recebi pelos meus anos um livro do Paulo Coelho: Ser como o rio que flui (ainda por cima em Inglês: Like the flowing river). Devo dizer que o Paulo Coelho está longe, muito longe de ser um autor que eu admiro e gosto... Na altura em que ouvi falar dele, que deve ter sido quando ele se tornou num bestseller, resolvi ler qualquer coisa dele. Não me lembro bem se li um ou dois livros, tenho ideia de ter lido o Veronika decide morrer e talvez a Brida, mas não sei mesmo: os pormenores das histórias não me ficaram muito na memória e começo a confundi-los. Se calhar só li um, não sei. Mas sei que não gostei de nada... da escrita, da história, da temática, do conteúdo. A temática da busca do sentido da vida nunca me atraiu muito... mas dependendo de como é tratada, até posso conseguir achar interessante. Mas neste(s) livro(s), tudo me soou a falso, e está tudo cheio de clichés, e a escrita é tão... comum, vazia. E isso, e o que ia lendo sobre ele, só contribuiu para formar uma ideia da sua pessoa: um charlatão.
Foi por isso com muitos, muitos pés atrás que eu peguei neste livro que recebi. Que afinal, nem sequer é um livro em si, mas uma compilação de pequenos textos, reflexões, etc, publicados pelo autor em diversos sítios. Que conveniente. Comecei a ler, e não melhorou. O mesmo tipo de escrita, mesmo que sem ser ficção, a mesma temática, os mesmos clichés. Mas por outro lado, o facto de ser um livro escrito, na sua maioria, na primeira pessoa, muda um pouco as coisas. E lá para o fim, cheguei mesmo a concordar com algumas das coisas que o senhor escreveu, e com a sua visão das coisas. No fundo, a mensagem é positiva, e, depois de ler estes textos, fiquei a acreditar que sincera.
Não que isto me vá fazer ler mais livros do senhor, longe disso. Iria continuar a não os apreciar, como até agora. Mas pelo menos fiquei com outra ideia dele como pessoa. E isso, de algum modo, deixou-me contente.
eu li as 10 primeiras páginas da brida até desistir e nunca mais abrir um livro dele.
ResponderEliminar