Aqui em Copenhaga também há freecycle, e inscrever-me na mailing list foi das primeiras coisas que fiz assim que cheguei à Dinamarca. Fiquei um bocado surpreendida, pois a actividade no grupo não é nem sequer comparável à do grupo de Lisboa.... se recebermos dois e-mails com ofertas por semana já é muito! Acho que o conceito não está muito divulgado. Ainda assim, foi por cá que tive a minha primeira aquisição freecycliana (em Lisboa só tinha feito algumas ofertas), que consistiu numa cadeira de secretária para o meu quartinho do 5º andar na Rua da Prata dinamarquesa. Entretanto mudei de casa e cadeira ficou por lá.
Eu até nem costumo dar muita atenção aos posts, que são mesmo muito esporádicos e na maioria das vezes são em dinamarquês, e quando vou a traduzir descubro que são móveis gigantes que eu nunca vou conseguir transportar. Mas na semana passada alguém mandou um mail em inglês, e eu só li as palavras 'máquina fotográfica anos 90' e respondi logo a dizer que estava interessada, não é todos os dias que alguém dá uma máquina fotográfica assim... long story short, isto foi o que me saiu na rifa:
Não é um pássaro, nem um avião, nem um super-homem, muito menos uma câmara de filmar! É mesmo uma máquina fotográfica.
As expectativas estão mais ou menos elevadas, e a curiosidade, essa então está ao máximo. Mais desenvolvimentos daqui a 36 fotografias (o que vale é que a Primavera está a começar, ou, ok, sejamos razoáveis, que pelo menos os dias estão maiores).
Para quem não sabe o que é o freecycle, não há nada com inscreverem-se no vosso grupo local, procurem-no aqui. Ou então falem com o Sérgio.
31/03/2009
28/03/2009
so 90's
a primavera está aí, está mesmo quase, hoje vi flores!
we are young, we run green,
keep our teeth nice and clean,
see our friends, see the sights,
feel alright!
we wake up, we go out,
smoke a fag, put it out,
see our friends, see the sights,
feel alright!
we are young, we get by,
can't go mad, ain't got time,
sleep around if we like,
we're alright!
got some cash, bought some wheels,
took it out, 'cross the fields,
lost control, hit a wall,
we're alright!
20/03/2009
A Substituta
(Não, não é o nome da nova telenovela da TVI)
Ontem fiz-me sócia da Cinemateca cá da terrinha, e em boa hora, porque isto tem andado fraco e não pode ser. Agora que já sou uma pessoa empregada (posso dizer isto?) já não me posso queixar do preço, mas assim sempre é um incentivo, ir mais vezes para compensar a anualidade.
Todos os meses na Cinemateket passam um filme dinamarquês com legendas em inglês. Embora não tenha sido frequentadora assídua destas sessões, das duas vezes que lá fui não fui nada mal servida, antes pelo contrário: quase que me apetece dizer que na Dinamarca não se fazem filmes maus.
Depois de The Art of Crying, saem-me com "A Arte de transformar um argumento à partida digno de um filme de terror mauzinho totalmente incoerente num misto de ficção/drama que me deixou nervosa durante 90 minutos que pareceram uma eternidade, com uma fotografia deliciosa e imagens lindíssmas, boas actuações, e aquele sentido de humor negro/discreto/oportuno que parece quase ser marca registada".
Ontem fiz-me sócia da Cinemateca cá da terrinha, e em boa hora, porque isto tem andado fraco e não pode ser. Agora que já sou uma pessoa empregada (posso dizer isto?) já não me posso queixar do preço, mas assim sempre é um incentivo, ir mais vezes para compensar a anualidade.
Se calhar vocês não vão achar nada disto, e é só por eu estar aqui e eles serem todos tão dinamarqueses e falarem dinamarquês que o filme teve este efeito em mim, não sei. Mas que saí de lá totalmente boquiaberta e meio atarantada, isso não posso negar. Até andei de bicicleta melhor e consegui fazer algo que nunca tinha conseguido fazer como deve ser, que é travar com o pé direito em vez de com o esquerdo e pôr o pé em grande estilo na borda direita do passeio enquanto espero que o semáforo fique verde.
ou se está inspirado, ou não se está
e como vocês podem ou não saber, passei uns dias na Bolívia aqui há uns tempos, e ainda não tive a inspiração para escrever sobre isso. Mas as novas tecnologias servem para mais do que responder a questionários irrelevantes no facebook, e há que tirar partido delas. Segue por isso um bocadinho de uma das enésimas viagens de táxi que fizémos em praticamente todas as cidades onde estivemos, neste caso La Paz:
Sinceramente, gostava de ter andado mais a pé e menos de táxi. Mas digamos que um turista em La Paz não se sente propriamente acolhido de braços abertos nas ruas, que não tínhamos assim muito tempo disponível para "deambular por aí" e a cidade é infinita, e que fomos ricos durante 10 dias.
18/03/2009
04/03/2009
Prometo não perder mais nada nos próximos tempos
A minha fé na boa vontade escandinava foi finalmente reposta ontem, quando ao voltar à minha bicicleta que tinha deixado na paragem de autocarro, ainda lá estava, na parte de trás, o meu saco da natação, que eu tinha abandonado ao esquecimento quando corri para o autocarro de manhãzinha. intacto! podia ser uma bomba perigosíssima, que ninguém tinha reparado. até tem lá escrito 'music killed me'.
E perguntam vocês 'Mas porque é que alguém havia de querer um saco com um fato de banho, uma touca, uns óculos, uma toalha, desodorizante, chinelos da loja dos 300 e amostras de champô e amaciador, ainda por cima de uma pessoa desconhecida?'
Pois eu também não sei muito bem, mas provavelmente pelos mesmos motivos que levam alguém a ficar com uma mochila cheia de roupa e sapatos alheios, esquecida no comboio.
Agora já me sinto um bocadinho mais confiante, como estava antes de ir para a Bolívia. Mas isso é outra história. Dêem-me tempo.
E perguntam vocês 'Mas porque é que alguém havia de querer um saco com um fato de banho, uma touca, uns óculos, uma toalha, desodorizante, chinelos da loja dos 300 e amostras de champô e amaciador, ainda por cima de uma pessoa desconhecida?'
Pois eu também não sei muito bem, mas provavelmente pelos mesmos motivos que levam alguém a ficar com uma mochila cheia de roupa e sapatos alheios, esquecida no comboio.
Agora já me sinto um bocadinho mais confiante, como estava antes de ir para a Bolívia. Mas isso é outra história. Dêem-me tempo.
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