14/10/2011

procastinação produtiva

Percam-se em blogs de pessoas que cozinham bem, têm jeito para tirar fotografias à comida e que escrevem com piada - e saiam de lá cheios de fome e com bué ideias para o que cozinhar nos próximos dias. Ou então não.

As minhas últimas aventuras:

- Couves de bruxelas, bacon e vinagre balsâmico
- Scones de maçã e queijo
- Risotto de frango e cogumelos com os restos do frango assado do outro dia

E as próximas:

- Apple chips
- Hamburguers de salmão
- Isto
- Isto também, viva a época das maçãs!

E já agora, sugestões para o que fazer com uma couve-roxa de 5 kg?

13/10/2011

casas de banho em igrejas?

Quando fui visitar aquela igreja por dentro, para além de reparar que havia aquecedores nas paredes da igreja (ok, avançado, mas realmente estamos na Dinamarca, o pais que não sabe fazer casas de banho em apartamentos mas ao menos tem aquecedores integrados nas casas - mesmo que com os tubos todos à mostra) descobri que tinha casas de banho, como se fosse outro espaço público qualquer, um cinema, um restaurante, etc. Fiquei tipo "uaau, casas de banho numa igreja!!!! Nunca tinha visto, realmente, estes tipos são mesmo espertos!"

Comuniquei a minha espantosa descoberta aos meus amigos de cá, e ninguém percebeu o porquê da minha estupefacção, disseram que era bué normal as igrejas terem casas de banho públicas.

Se calhar fui eu que nunca passei muito tempo dentro de uma igreja, mas sou só eu que acho isto muito à frente?

PS: Nada a ver, mas estava na rua a vir para casa ao pensar neste texto, e quando passo ao pé de uma árvore, cai ao meu lado, vindo da árvore, um gato!! Quase que me caiu em cima, dei um salto para trás, depois achei hilariante, e finalmente pensei que é brutal que em Copenhaga os gatos caiam das árvores, será que estou numa cidade a sério?

12/10/2011

O meu português esta cada vez pior. Dou constantemente comigo a pensar em inglês (o que foi, em tempos, motivo de júbilo), e, pior, a tentar traduzir o meu pensamento em inglês para português correcto, sem grande sucesso.

Tipo "roughly translated as", será que posso dizer "traduzido rudicamente como"? "rudemente"? Ridículo! Tenho que ler & ver mais coisas em português.

O problema é que o meu inglês não é propriamente evoluído, uma pessoa habitua-se a comunicar facilmente com as pessoas à sua volta e daí não sai. Quando chega o momento de escrever qualquer coisa, dou por mim com frases longuíssimas, cheias de vírgulas e de traduções directas de português. Se calhar devia ler menos Saramago.

Vêem, já me estou a contradizer e tudo. Bonito.

De pouca consolação me serve, mas pelo menos consigo escrever fluidamente num teclado com configuração americana, porque os meus dedos se lembram da posição dos acentos e das cedilhas nos teclados portugueses. Enfim.

06/10/2011

foto do dia (sim a tal rubrica)

Momentos em que me passa pela cabeça "foto, foto, foto" há muitos (arco-íris, igreja espacial, cenas eólicas, etc). Mas um que me tem escapado é o momento "rebocar o pølsevogn motorizado manualmente, como se fosse uma mala de 20+/- 2 kg, pelas ruas de Copenhaga fora". Sim, porque nas ruas de Copenhaga, para além de bicicletas, carros e os demais veículos necessários para o bom funcionamento da cidade, também circulam stands de venda de cachorros dinamarqueses (no dia em que eu comprar um, de livre vontade, acho que terei atingido o expoente máximo do "sei que estou em Copenhaga há demasiado tempo se...").
Podem ser visualizados a várias horas do dia, mas mais provavelmente a partir do momento em que as coisas começam a fechar, até às primeiras horas da madrugada (alguns estão abertos a noite toda) - claro que a cena é tanto mais surreal quanto menor a circulação nas ruas.
Ainda não foi desta que tirei uma foto decente a este momento

04/10/2011

aquela igreja estranha

Se este eu tivesse neste blog uma categoria de posts sobre os meus sítios preferidos, este seria a mais recente entrada.

Desde a última vez que mudei de casa, mudei também o meu percurso de bicicleta até à DTU; para melhor, diga-se de passagem, pois deixei de levar o caminho que segue ao longo da auto-estrada, e passei a ir por uma outra estrada, menos movimentada e mais agradável, nem que seja por passar por zonas habitáveis, casas e lojas, e não por bombas de gasolina, intersecções ou viadutos. Mas adiante.

bjaglin
Este caminho leva-me ao ponto mais alto de Copenhaga (31 m acima do nível do mar, não é para brincadeiras!), que é um espaço relativamente aberto, sem muitos edifícios à volta, e que portando dá a sensação de estar realmente num ponto muito elevado. Isto, juntamente com a presença, num dos lados, do edifício mais surreal de Copenhaga, e no outro de uma alameda de ciprestes (?) que dá entrada no cemitério, poderia dar origem a uma discussão interminável se a mística deste lugar é maior com a luz da manhã, o sol do meio-dia, o pôr-do-sol em frente à igreja, o crepúsculo, numa noite de luar ou durante um eclipse. Eu acho que não me conseguiria decidir. Felizmente passo por lá duas vezes por dia, e isso chega-me.

bjaglin
(acho que estou a desenvolver uma obsessão por igrejas estranhas no topo de colinas, lembrei-me agora da quantidade industrial de fotos que tirei a esta igreja, que fica no ponto mais alto de Reykjavik. Eram duas da manhã e a luz daquela hora também dava ao sítio uma aura especial...)