18/10/2007

cure for pain

Descobri a cura para uma dor de garganta daquelas: adrenalina pura.

Estava eu em göteborg, com a minha garganta a queixar-se fortemente de uma transição de 26°C (lisboa) - 15°C (lund) - 7°C (göteborg) e a recusar-se a engolir qualquer coisa que não fosse o equivalente sueco da mebocaina forte, quando descobrimos que a feira popular lá do sitio - o liseberg (vá lá, não se chama tivoli, como a de estocolmo, a de copenhaga e sabe-se lá mais quais) ainda estava aberta, era o último fim de semana antes de fechar para a temporada de inverno (andar numa montanha russa cheia de neve não deve ser a coisa mais recomendável do mundo).

Após longos minutos de indecisão entre passar o resto da tarde de cabeça para baixo, visitar o equivalente sueco do pavilhão do conhecimento, ou deambular mais umas horas pela cidade em busca dos raios de sol que teimavam em só aparecer a partir das 16h, decidimo-nos pela primeira opção. Próximo decisão: o tipo de bilhete. hmmmmmm..... ok, não quero saber, quero ficar com o estômago colado as costas as vezes que me apetecer. unlimited rides para toda a gente, so much para o saldo de coroas suecas.
nota: equivalente sueco significa, em todos os casos, para o mesmo fim, mas melhor e mais caro.
e assim foi.

conclusões_observações

a adrenalina é altamente viciante

estar para ai a 100 metros do chão com as pernas penduradas de uma cadeira não é assim tão mau, e até da para observar a vista sobre a cidade, mesmo sabendo que a qualquer momento vamos ser vertiginosamente puxados para o chão

andar em 3 montanhas russas (diferentes) seguidas é uma excelente maneira de nos secarmos depois de termos apanhado uma molha naqueles troncos flutuantes

a única atracção que dá para tirar fotografias é a roda gigante

à segunda volta já conseguimos fazer pose para as fotos que nos tentam vender no fim, em vez de aparecermos de boca aberta ou de olhos fechados

as adolescentes suecas aos 14 anos usam calças de fato treino e muita maquilhagem, e olham para os estrangeiros na casa dos 20 (que riem e gritam que nem uns perdidos quando são agitados tipo shaker a 20 m de altura) com um nível elevado de repulsa


as pessoas responsáveis pelo código da estrada devia considerar seriamente a possibilidade de ser legal descer uma inclinação de 70° a 90 km/h

a adrenalina é mesmo altamente viciante, tão viciante que se no inicio eu dizia 'O QUÊ?? Nem penses, so ando nisso se tocar o lovestoned nos carrinhos de choque', depois de ter andado em tudo o resto so disse: bora . (e nem sequer andei nos carrinhos de choque)

perder completamente o norte e todos os outros pontos cardeais e referenciais com o prayer for the weekend dos the ark em musica do fundo é bem mais giro do que parece

acho que deviamos todos dar inicio a uma campanha para abrir uma feira popular nova e melhor em lisboa

agora so me falta mesmo este desafio. e que desafio.

ah, e o mais importante: quando sai de lá, não havia dor de garganta para ninguém. voilà!

não há fotos ainda porque a velocidade de revelação das fotos não acompanha a velocidade do pensamento e da escrita.

2 comentários:

  1. qd estive na suécia tb andei numa montanha russa de pernas penduradas e a andar p trás ... sim tb sou adepta da adrenalina.. mas grito imenso e saio de lá sem voz. nunca experimentei porem alinhar nestas gritarias com dores de garganta.bom resta-me dizer-te q tenho tido uma tosse seca e irritante durante todas as aulas teoricas e que odeio tosse.nos ultimos 5 min ainda nao tossi ! ! :D

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  2. ah mas olha lá essas costas ! e esse sistema nervoso e esse coração ! vais uma vez e já chega.. !

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