ainda sobre montras

em frente da minha paragem de autocarro há duas pastelarias. uma no r/ch esquerdo e outra no r/ch direito do mesmo prédio. as duas com esplanada. o arabesco e a pérola de benfica. existe uma grande diferença entre elas: uma tem fabrico próprio, e a outra não. ora o que é que é mais apetecível: entrar numa pastelaria que tem a montra cheia de bolos e bolinhos com um ar delicioso, desde areias até línguas de veado, passando por muitas outras delícias cujo nome desconheço, ou na outra, que exibe orgulhosamente pirâmides e outras construções ambiciosas de frascos das diversas variantes de sumos compal, ou B!, e derivados?

nunca percebi a cena de enfeitar as montras com refrigerantes. ou melhor, até percebo. têm uma montra, não têm bolos com aspecto delicioso... alguma coisa têm de pôr. e então toca a dispor cuidadosamente e alternadamente os compais vital, light, clássico, e equilibrá-los, ou fazer o efeito baralho de cartas com as embalagens de cartão da santal, como no alquimia. e esperar que um dia aquilo não caia tudo. não que eu ache que aquilo vá de algum modo prejudicar o negócio de ninguém (a menos que ao lado haja uma coisa a cheirar a bolos). no fundo, a montra de um café ou de uma pastelaria não é assim tão importante. mas acho piada que se dêem ao trabalho.

é isso, e aqueles restaurantes que 'à janela' pões nacos de carne, travessas de peixe cru, ou marisco da semana passada. mais valia fazerem como na cantina e porem o prato do dia coberto com película aderente. ou então não.