Já andei de táxi 3 vezes desde que cá cheguei, e uma vez para sair de Copenhaga. Ou seja, 4 vezes em 3 dias. Sinto-me bué burguesa. E agora, quando o táxi mete pela 5 de Outubro, Álvaro de Pais, e de repente surge a Av. Lusíada, desertíssima, tudo verdinho... que SAUDADES! De fazer este percurso com a Radar no máximo...

Julefrokost em Faksegade

Prometo que este ano não vou enviar a toda a gente um e-card foleiro feito no paint com o Julian, o Justin ou o  Brandon com um gorro de pai natal e umas letras de música pirosas.

suspensórios ou não

eis a questão.

amanhã há mais

mais novidades

O meu velhinho ACER Pentium IV morreu de vez este fim-de-semana. Queimou. Ninguém me mandou deixá-lo no quentinho do tapete felpudo da sala. Foram 5 anos de amor nem sempre correspondido, da melhor qualidade de som que qualquer portátil não ligado a colunas pode emitir, muitas migalhas e gotas de sopa, leite e iogurte no teclado, escrever com S em vez de Z, operação cirúrgica bi-anual de remoção de pó da ventoinha, cronometrar cuidadosamente o transporte do quarto para a sala para que durasse os cerca de 30 segundos restantes da bateria, remover insectos que entraram pelos buraquinhos das "colunas", leitor de DVD's a dar as últimas, uma substituição de disco rígido, vários sistemas operativos, partições e formatações...

Felizmente há 5 meses parei de lutar contra a necessidade de comprar "espaço virtual" (ainda me faz confusão, gastar dinheiro extra numa engenhoca para armazenar fotos e música digital... mas enfim) e adquiri um disco externo e pus lá tudinho o que era importante, e esta é a única razão pela qual eu não desatei a chorar quando o meu velhinho foi à vida.

devaneios culinários

Depois de dois anos a partilhar uma casa, finalmente me apercebi da importância de planear as refeições da semana, aproveitar o que se tem em casa, congelar cenas e isso. É que apesar da quantidade de jantares, festas e saídas, não foram poucas as alturas em que era preciso ir às compras dia sim dia não, por faltar sempre qualquer coisinha. Ou em que coisas com fungos a crescer no frigorífico tiveram que ir para o lixo.

Claro que agora está muito melhor, valham-me os blogs de donas de casa com receitas deliciosas, as amigas que convidam para jantar, chegam a casa 5 minutos antes de nós e tiram do congelador uma sopa deliciosa e a massa para quiche que fizeram durante o fim-de-semana, e claro, o exemplo da mãe.

Resultado: No outro dia fiz um caldo de pato para aproveitar os restos não comestíveis (para os meus padrões) do pato de um jantar de Natal (sim, no dia 4 de Dezembro, já se podem fazer jantares de Natal ok?). Depois de ter entornado metade e ter tido que limpar a cozinha toda outra vez, alguns dias mais tarde rendeu-me um jantar tardio de noodles delicioso quando não me apeteceu ir às compras; e este fim de semana o que sobrou acabou num risotto de cogumelos improvisado.

No meio das minhas pesquisas de receitas descobri que a gordura de pato é mais saudável do que o azeite, e que existe um certo "paradoxo francês", que consiste no facto de os franceses terem um número de mortes por ataque cardíaco significativamente menor do que nos EUA; a diferença é ainda mais significativa se se olharem para as estatísticas da Gasconha, região da França onde se come muito pato e ganso.

Agora só tenho que arranjar um destino para o meio litro (sólido) de banha de pato que tenho no frigorífico, que sobrou de um magnífico confit de pato enlatado proveniente do carrefour.

Espicaçadela

Foi a palavra que aprendi hoje com o corrector autográfico do blogger. Ou do chrome, não sei muito bem.

mas apesar de tudo: chega de neve

em sintonia com a maria

via, of course

Eternamente fascinada com a quantidade de bicicletas a pedalar por Copenhaga fora, rodeadas de neve, neve, neve e lagos gelados. E eu com elas, pelo menos até o meu cadeado congelar.

sobre a cegueira

Tenho estado a ler o Ensaio sobre a Cegueira, avidamente, no autocarro. Ontem quando saí tive que atravessar um túnel pedestre, daqueles que em Lisboa nunca me atreveria a atravessar. Estava escuro, não se via absolutamente nada, excepto a saída do túnel lá ao fundo. Comecei a pensar nas descrições do livro e a ficar receosa do que iria pisar ou no que iria tropeçar no próximo passo. Felizmente alguém atrás de mim acendeu uma lanterna, provavelmente daquelas que vêm integradas no telemóvel, e tudo se dissipou.

O túnel é o do final deste vídeo, que desde este dia ficou sem luzes.

actualização

• Melhor do que lavar os dentes no chuveiro, é lavar os dentes à luz das velas
• Conferência em Guadalajara daqui a 1,5 semanas: vou apresentar no último dia da conferência.
• STRESS - até Novembro!
• Dormir 6 horas por noite - check!
• Outono solarengo - check!
• Luvas - check!
• Cachecol - check!
• Ear muffins - esperar pelo intervalo 0-5 graus celsius
• København Ø - København N - cá vamos nós! (talvez) - viva a odisseia de encontrar uma casa nova - e poder partilhar telepaticamente os stresses que isto implica!
• Blog que me fez perder mais tempo do dia

Copenhaga

A cidade onde ir à ópera custa o mesmo que beber uma cerveja e é mais barato do que ir ao cinema.

O número de pessoas que trabalha no Departamento de Engenharia Ambiental da minha universidade e que realmente se preocupa com o ambiente no dia a dia é surpreendentemente diminuto. Acho que isto nunca vai deixar de me perturbar...

apanhar cogumelos

Domingo de manhã fomos apanhar cogumelos a uma floresta algures a norte de Copenhaga. Tinha visto nos últimos dias, no facebook, fotos das colheitas de alguns amigos, e o que há de mais apelativo para comer ao jantar do que cogumelos fresquinhos apanhados por mão própria?

Antes de começar a escrever isto pus-me a ler na wikipedia artigos sobre apanhar cogumelos, e os mais populares, comestíveis, e os que são perigosos por serem facilmente confundíveis com os venenosos... Acho que não tinha ido tão na boa se tivesse lido isto antes. Felizmente fomos com amigos experientes na matéria, com um livrinho de bolso mega-detalhado para que não restassem dúvidas na identificação. E em caso de dúvida, o melhor mesmo é não arriscar, por mais apetecíveis que possam parecer.

Depois das dicas iniciais, apanhámos os recomendados e depois um exemplar ou dois dos que tínhamos dúvidas, e um ou dois "só porque é giro". Claro que no fim não foi assim tanto, mas foi uma bela manhã, com o sol sempre a espreitar por entre os ramos da floresta (ainda) verde. 

A nossa colheita

A escolha

Pelo sim, pelo não, estes ficaram de fora

Em cima os de fora, em baixos os SIM! e à direita os duvidosos

Prontos para saltar para a frigideira... hmmmm

Todas as fotos tiradas pelo Brice :)

How did you get into Italo?

No outro dia deparei-me com a existência de um estilo de música que dá pelo nome de Italo Disco.

É preciso dizer mais?

Tudo sobre Italo Disco aqui. (saltem a parte em dinamarquês, é pequena)

devo preocupar-me?

Hoje participei pela terceira vez este ano numa corrida organizada. A primeira foi estafetas, 5 km, a segunda 10 km. A de hoje é a maior corrida de estafetas do mundo, segundo consta. Dura 4 dias e em cada dia há cerca de 5000 equipas compostas por 5 participantes. Cada participante corre 5 km no parque gigante aqui ao pé de casa, que está povoado de tendas para albergar os participantes. Cada tenda corresponde a uma empresa/organização tipo H&M, Câmara Municipal, DTU... Cada equipa, para além de receber no fim uma caixa com comida oferecida pela DHL, tem direito geralmente ao que a respectiva organização oferece, na maioria dos casos churrasco, buffet, bebidas, etc. Isto significa que nos últimos quilómetros andamos a ziguezaguear pelo meio do parque, acotovelando-nos no meio da multidão a correr, aplaudidos por toda a gente e invadidos pelo cheiro a churrasco e tochas.

Extreme hygge, extreme danish.


Desde que cá cheguei, já acumulei 6 t-shirts por ter participado em corridas...

ainda o way out west...

... mais duas coisas:

1 - Se La Roux e Marina & the Diamonds estivessem a competir num concurso de quem se veste E canta melhor, La Roux ganhava, sem deixar qualquer hipótese. A primeira é de fugir, a segunda encerrou o festival da melhor maneira possível.

2 - Melhor ainda teria sido se tivessem sido os LCD Soundsystem a encerrar o festival. Não tendo acontecido, adorei vê-los ao vivo, e o James Murphy é um senhor e a única pessoa que conheço que pode usar uma t-shirt branca com estilo.

ainda o way out west

Por favor digam-me que isto não acontece durante um concerto dos the XX em Portugal:

- Pessoas a fazer cruzes com os braços durante o concerto todo. Isto não é um concerto dos Xutos!

- Pessoas a baterem palminhas ao ritmo do baixo e da guitarra (na medida do possível). Não se batem palminhas ao ritmo seja do que for num concerto dos the XX, nem dos Portishead, nem dos Sigur Rós...

kit de festival escandinavo

Saco oferecido pelos patrocinadores do festival - óptimo para pôr a nossa tralha, pode também ser utilizado como assento.

Birkenstock para proteger da lama e secar rápido em caso de chuva.

Não, não é queijo para sandes. Poncho para a chuva, grátis, da pior qualidade possível.

descubram as diferenças

Não sei se foi de ter visto o Shutter Island logo a seguir ao Inception, mas o Leo já parava de fazer a mesma personagem em todos os filmes. Não sei como é que ele não se vai abaixo com tanto sofrimento. Já toda a gente percebeu que o Titanic já lá vai e que agora ele é um actor maduro, etc etc. Next!

Hoje foi o piquenique anual do Departamento - evento anual, estilo extreme danish - que consiste numa visita a um "sítio de interesse cultural", seguido de um piquenique nas redondezas, com jogos à mistura, faça chuva ou faça sol. Hoje felizmente não fez chuva, mas fez vento, muito vento, de levar com pedrinhas do asfalto na cara (dói) e de deitar ao chão as peças deste jogo (imaginem então jogar frisbee).

A parte cultural consistiu em visitar a Galeria Nacional da Dinamarca (Statens Museum for Kunst), que é daqueles sítios onde todos os turistas vão, é grátis e tudo, mas que quando se vive cá (mesmo que seja a 5 minutos a pé) nunca nos lembramos de lá ir.

Eu não percebo nada de arte e salvo raras excepções, não acho grande piada a museus, especialmente se a maioria das coisas em exibição forem quadros, pinturas e isso. E nem sabia que havia assim tantos pintores dinamarqueses. Mas fiquei um bocadinho fascinada pelas pinturas deles - completamente diferentes daquelas a que estou habituada a ver, não só em termos de técnica mas também dos temas pintados em si. Muitas representações de cenas do quotidiano, sem grandes invenções ou artificialismo. Estilo Alberto Caeiro <3.

Uma das actividades no museu consistiu em cada pessoa pintasse uma porção de um dos quadros acima, baseando-se apenas num pequeno quadradinho representando uma parte do quadro. Sem ter visto o quadro na sua totalidade antes, e utilizando apenas 4 cores - as 3 primárias e o branco. Os resultados foram surpreendentes.

Próximo sábado chuvoso, acho que vou dar lá mais um saltinho.

Big. Sur.

Estava aqui com os meus botões a pensar que tenho que comprar uns álbuns para pôr as fotos que tenho vindo a acumular. Depois pus-me a olhar para elas e reparei que não tenho assim tantas fotos com pessoas. Acho que desde que deixei de ter máquina digital que  também deixei de tirar fotos a torto e a direito como costumava fazer antes. Por outro lado também não me sinto muito à vontade a apontar uma máquina fotográfica gigante às pessoas; parece que estou a invadir o espaço delas. Mas sei que se daqui a uns anos me puser a olhar para os álbuns de fotos e encontrar mais paisagens do que pessoas, não vai ser muito interessante.

Há que voltar ao espírito pré-digital-sem-complexos.

É oficial, deixei de lutar para acordar antes das 8 da manhã. Há meses que o meu despertador está para as 7h30, mas houve UMA vez em que isso realmente aconteceu. Não vale a pena lutar, se quando acordo depois das 8 estou bem mais desperta do que se me levantar antes em modo zombie.  Estar no gabinete entre as 9h30 e as 10h00 é perfeitamente aceitável. É no entanto essencial que tenha preparado tudo no dia antes e não passe meia hora a decidir o que vestir ou à procura das chaves...

ainda o tempo

A (relativa) imprevisibilidade das condições meteorológicas da Escandinávia tem a sua magia. O festival do ano com o melhor cartaz de sempre das redondezas decorreu este fim-de-semana em Gotemburgo, altura do ano em que os dias já não são assim tãaaaaooo grandes que nos façam adorar o "Verão" nórdico, e em que as duas semanas anuais em que dá para ir para a praia até as 8 da tarde e não usar casaco à noite já lá vão.

Durante uma semana de consulta religiosa do equivalente sueco do instituto português da meteorologia, a previsão foi invariavelmente chuva durante o fim-de-semana todo. Lá fui eu portanto devidamente equipada com os birkenstock que me valeram durante o inter-rail, e um saco para coleccionar todos os ponchos descartáveis que iriam oferecer durante o festival. A colheita nem foi má: um amarelo dos correios suecos, um roxo da sony ericsson e um branco - de longe o mais resistente - de uma cena qualquer que dizia TV.

Surpresa das surpresas, esteve um sol maravilhoso o tempo quase todo, nem uma gota de chuva que justificasse  abrir as embalagens dos ponchos para outro fim senão servir de toalha de piquenique para não ficarmos com a roupa verde da relva.

Felizmente, a chuva decidiu ficar-se por Copenhaga. Senão, vejamos...

(ver até ao fim!!!)

Ainda sou do tempo

em que os telemóveis nos concertos serviam para ligar aos amigos durante 'aquela' música.

E não para actualizar o estado no facebook.

turismo na Bretanha, França

12:11:00 - Estacionar o carro
12:12:00 - Céu azul; andar até ao miradouro para ver a paisagem
12:13:00 - "Aquela nuvem ali é escura..."
12:14:00 - Início de chuva torrencial
12:14:02 - Andar de volta para o carro
12:14:10 - Correr de volta para o carro
12:14:25 - Molha total
12:15:00 - Entrada no carro
12:15:25 - Pára de chover
12:16:00 - Nova tentativa de ver a paisagem; saída do carro
12:16:01 - Roupas ainda completamente encharcadas; vento a 20 km/h
12:19:00 - Roupas secas devido ao vento
12:20:00 - Aproximação de nova nuvem
12:21:00 - Primeiras gotas...

etc etc etc

Afinal na Dinamarca também é possível:
- Ouvir piropos
- Ser-se assaltado

E sim, o verão começou mesmo há dois posts atrás. Tanto tanto que todos os dias de manhã quando saio de casa a cheirar a protector solar e de cesto na mão, tenho por breves momentos a ilusão de que vou para a praia. Só que depois na praia há computadores e laboratórios...

eu gosto é do verão

Comer uma falafel antes de ir para a praia

Beber uma cerveja fresquinha ao final do dia

correr 10 km como fazem os dinamarqueses

queimar as bruxas

aprender a dançar bollywood no parque

os dias enormes (11 da noite)

e claro grelhar e comer salsichas

hoje

No dia internacional da criança (que aqui ninguém sabe o que é!) começa oficialmente no Verão na Dinamarca. Solstício de Verão = Midsummer (meio do verão?).

Até agora, nem sequer houve Primavera, pelo menos não que tenha durado mais do que um dia (das 9 às 5). No entanto, consta que amanhã vão estar mais de 20 graus!

Ou é mesmo amanhã, ou desisto. Hoje a pedalar para o trapézio estava a ponderarem adquirir umas calças para a chuva...

sem palavras

o meu corte de cabelo imediatamente-pós-cabeleireiro foi efectuado a seco, sem lavagens, nem massagens, nem secagens, num supermercado em colónia, sem que a cabeleireira percebesse palavra de inglês ou eu de alemão, e custou 13 euros!

the national em Kongens Nytorv

Em Março.

Mas podia ter sido ontem...

estrada revolucionária

Adorei o filme, e finalmente, depois de desanuviar com a rapariga que brincou com o fogo, peguei no livro. Duas coisas:

- O filme é impossivelmente literal. Não, mais do que literal, o filme é exactamente como o livro seria se fosse o filme. A cada linha que leio, vem-me imediatamente à cabeça a expressão carrancuda do leo quando aquele determinado pensamento lhe ocorreu, a maneira como a kate se senta no sofá e o vestido que tinha naquele dia, e o tom de voz e a intensidade dos gestos de todas as conversas.

- O filme tem a sua carga dramática, e é pesado, mas intenso. Mas duas horas depois já estamos todos cá fora, de volta à nossa realidade, e está tudo bem. Agora imaginem que o filme demorava um mês e tal, ou que era em câmara lenta. Pois. É favor não ler nos dias mais cinzentos.

Recomendam-se vivamente.

note to self

Tenho que scannar o monte de fotos que começa a acumular desde o verão passado (já vou em 4 rolos!) e antes que a primavera comece e apeteça tirar fotos lá fora outra vez e mais fotos ainda se acumulem.

Hoje encontrei um telemóvel no chão. Estive mesmo para o ignorar, mas depois pedalei de volta e peguei nele.

Só às 11 da noite é consegui atender uma chamada para o telemóvel, e lá se combinou a entrega. O senhor que recebeu o telemóvel (da filha), emigrante pouco falante de inglês, desfez-se em agradecimentos e até me ofereceu boleia de 1 quarteirão (recusada).

E agora, já me podem devolver os cerca de 8 telemóveis rascas que misteriosamente desapareceram da minha posse nos últimos 8 anos?

menu

Descobri recentemente que posso saber o que há para o almoço na cantina antes de lá chegar.

Imediatamente a seguir descobri que a pessoa que escreve a ementa tem excesso de criatividade, porque ao olhar para o prato denominado Roasted neck of pork served with sauté of celery, potatoes and mushroom sauce, muitos outros nomes bem mais simples me viriam à cabeça.

Today's fish é sempre uma boa opção. Não deve no entanto ser traduzido para peixe do dia, dada a inexistência de peixe fresco na Dinamarca, mas sim para peixe cozinhado no dia e portanto não são sobras do almoco importante que houve no dia anterior. Por isso se for para comer peixe, então é melhor mesmo ser Today's fish, seja lá o que isso for.

Mal posso esperar pela Surprice!.

Quando alguém inventar umas calças de ganga à prova de bicicleta ou que durem mais de 6 meses, avisem!

canção

Já não há neve no chão a toldar o meu caminho
Desde que mudou a hora até parece melhorzinho
Mas a temperatura média ainda ronda os 7 graus
De que vale ter comprado novos óculos de sol

A primavera não se digna a dar um ar da sua graça
Em Abril do ano passado já andava quase descalça
Porque é que ainda é inverno, não pode ser sempre assim
Não fossem os dias maiores e o que seria de mim....

e mais nada.

algumas coisas interessantes que se podem descobrir durante o planeamento de uma viagem aos USA

- Existe um ranking de companhias aéreas bastante extensivo, e nós vamos andar na única low-cost de 4 estrelas do mundo
- Não é obrigatório usar capacete a andar de bicicleta na Califórnia
- A Zooey Deschanel é casada com o vocalista dos Death Cab for Cutie e com o vocalista dos The Postal Service
- O vocalista dos Death Cab for Cutie e o dos The Postal Service são a mesma pessoa
- Existe uma banda brasileira chamada Garotas Suecas
- As bandas que esgotam concertos em NYC são as mesmas que esgotam concertos em Copenhaga

quem os viu e quem os viu

No outro dia fui ver os Yeasayer à Vega. Tinha-os visto , quando eles ainda vestiam camisas de flanela por cima de t-shirts brancas, só tinham um álbum, davam concertos grátis na Suécia e poucos (suecos) os conheciam. Adorei.

Neste concerto a coisa passou para todo um outro nível. O segundo álbum é já por si só muito diferente do primeiro, mas ao vivo torna-se tudo mais intenso, ritmado e dançável. O feito de terem posto não só as 3 primeiras filas ao meio, mas cerca de METADE! dos Dinas que enchiam a sala (esgotadíssima) a dançar é de louvar. E foi a primeira vez que testemunhei nestas terras uma invasão-de-palco-final-de-concerto não pedinchada pela banda. Continuei a adorar.

Vídeo brutal do novo single:

Claro que ainda estão muito longe de pôr TODOS os Dinas na mesma sala a mexerem-se como se não houvesse amanhã, feito esse apenas conseguido exactamente um ano anterior, numa sala pequenina a transpirar pelas costuras, pelos Buraka. Mas isso é outro nível.

ear plugging

Se por algum motivo alguém se tiver lembrado de passar a manhã toda de serra eléctrica em punho a cortar árvores aos bocadinhos mesmo debaixo da vossa janela, então tomem lá:

tira-teimas

Adoro lavar os dentes durante o duche, mas descobri recentemente que há quem ache isso muito estranho. Não acredito que seja a única, aguardo apoio moral aí no questionário do lado direito.

li, adorei, e não quero ver absolutamente mais nada relacionado com o tema

eu sei que não sou a única

Em busca da Primavera

A demanda é geral, Março já está ao virar da esquina e em Fevereiro devemos ter apanhado para aí uma hora de sol no mês todo. Os dias já tem uma duração aceitável mas sem sol não conta! Por isso qualquer pretexto serve para levantar as suspeitas:

As mudanças da minha bicicleta descongelaram hoje!

Há estalactites de gelo (inclusive algumas potencialmente fatais) em todo o lado!

Hoje debaixo da neve vi uma espécie de musgo verde!

Está a chover!

Já toda a gente voltou das férias de ski!



Havemos de lá chegar.

mais vale tarde do que nunca

Às vezes sou um bocado lenta nestas coisas.

Mas neste momento o facto de ter deixado o mp3 no computador da Faculdade e de não poder ouvir o álbum em repeat neste preciso momento está-me a stressar um bocado.

Uma possível cura para a procrastinação passa sem dúvida por elevar a secretária o máximo possível, para quando voltarmos ao computador para imprimir o papel que faltava ou ir buscar a caneta que devia estar no bolso da bata não haja a tentação de nos sentarmos e por lá ficarmos a clicar e a rolar a rodinha do rato, enquanto o cronómetro continua a contar.

Comigo resulta

Para conseguir andar de bicicleta na mistura nhanhosa e suja de neve velha que atormenta as intersecções das ciclovias de outro modo impecavelmente limpinhas, tem que se olhar sempre em frente para não mexer a roda e evitar as derrapagens. Ajuda se os semáforos estiverem todos verdes.

não dá para comparar

Avatar = bocejos + dor de cabeça durante o resto da noite

Sherlock Holmes = entretenimento e boa disposição durante o resto da noite

porque eu mereço

De tantas vezes que tento não atravessar a sala às escuras a correr quando já está tudo a dormir
De tantas vezes que olho para trás de mim pelo espelho.
De tantas vezes que abro os olhos quando ainda não adormeci.

Já merecia apanhar um susto a sério. mesmo que seja alguém em pé no meu quarto especado a olhar para mim. brrrrrr.

Senão, vou continuar a acreditar que os fantasmas não existem.

Se tenho que correr para apanhar o autocarro, então que seja sobre uma espessa camada de neve branca e fofinha ainda por estrear.

e uma sessão da meia-noite, não?

Ainda gostava de saber porque é que aqui no norte não existem sessões da meia-noite. Cinema de dia não é a mesma coisa, a das 7 não dá para jantar e para a das 9 tem que se jantar à pressa. Tenho saudades.

sound unproof

Isto de estar no último andar do hotel com tectos inclinados e uma pintura do Vermeer por cima da minha cabeça é muito giro, mas ter as igrejas todas de Delft a tocarem alegre e longamente dentro do meu quarto a cada 15 minutos torna-se um bocado chato. E quase que ouvir as conversas das pessoas na rua também é estranho, falassem elas uma língua que eu percebesse e acho que tinha entretenimento para todas as noites- E alguém já dava umas moedas ao tipo que está a tocar guitarra algures em Besteenmarkt.

Valem-me os Discos voadores a passarem o Contra.

Depois da quantidade de deliciosas cervejas que já provei por aqui, vai ser complicadíssimo voltar à grøn tuborg.

A mais recente entrada para o top dá pelo nome de La Chouffe e é a melhor loira de sempre.

o melhor bar de delft

(e o único em que entrei até agora)

tem velhotes à entrada, pratos pintados a azulejos na parede, amendoins à borla cujas cascas devemos atirar para o chão, cruzes e retratos e fichas triplas assustadores/as na parede, uma única pessoa a servir, vira ao contrário as bases dos copos para não fazer publicidade, todos os jogos da era pré monopólio (inclusive) que se possam imaginar, e cerveja trippel defltiana.

vivam as guerras de casca de amendoim.

first impressions of delft

Adoro que continue a estar tudo cheio de neve, que continue a haver bicicletas por todo o lado, e que os canais continuem congelados, é como se não tivesse apanhado um avião mas é tudo mais pequeno e fofinho.

Também adoro ter wifi grátis em todo o lado graças à DTU e poder ouvir a radar aqui.

Só não adoro muito que as pontes por cima dos canais estejam cobertas daquela camada fina de gelo tão propícia a quedas. Felizmente os holandeses de cá são todos extremamente simpáticos e solícitos, mesmo às 11 da noite.

saudades

saudades, originally uploaded by barely_legal.

operação nojo

É o nome pelo qual será conhecida de aqui em diante a parte de limpar a casa de banho em que temos que abrir o ralo do chuveiro e limpar toda a nhanha malcheirosa que lá se acumula ao longo de 5 meses.

Aproveito para expressar o meu descontentamento com os apartamentos em Copenhaga em geral:

- balcões da cozinha em madeira - check!
- chão em madeira não-tratada com fendas, que deixas farpas nos pés das pessoas e absorve todo e qualquer líquido nele derramado - check!
- papel de parede vulnerável a aspirador e bostik - check!
- portas que fecham mal - check!
- sem ventilação à excepção das janelas (e quem é que vai abrir janelas com feels like -10ºC? Pois.) - check!
- péssimos acabamentos em geral - check!


No campeonato das casa de banho é só escolher:
- Chuveiro na cave do prédio;
- Chuveiro na cozinha;
- Chuveiro no corredor;
- Chuveiro pseudo-moderno forrado a ladrilhos com mal-escoamento de água e propensão portanto ao crescimento de organismos indesejáveis.
- Sempre com ralo a entupir de 6 em 6 meses claro.


É que não fazia mal nenhum investir, sel lá, em azulejos, aquela loiça branca normal da casa de banho, uns ventiladorezinhos discretos como há na Suécia, e em balcões do mesmo material do lava-loiças ou pelo menos em pedra. Que isto não ajuda nada às limpezas.