10/12/2007

cidadania

in Público - Última Hora

Maria Clotilde Moreira explica como se pode ser "uma boa chata"
10.12.2007 - 10h53
Aproveito a água do duche e uso desenhos das minhas netas para embrulhos. Lavo o chão da cozinha e da casa de banho com a água fria do duche. Aproveito a água quente que fica nos canos depois de fechar o esquentador para lavar pequenas peças de roupa.
Quando recebo presentes tento aproveitar, ao máximo, as embalagens para futuros embrulhos. Normalmente identifico os presentes com etiquetas de papéis ou cartões decorados com desenhos da minha neta. Aproveito as costas dos papéis. Separo o lixo e coloco nos contentores correspondentes. Faço levantamento de carros abandonados, de regas em dias de chuva ou desreguladas, de luzes acesas de dia ou fundidas de noite, de lixos e monos e informo a câmara, a junta de freguesia ou a EDP. Não cumpro a cem por cento, mas sou uma boa chata.

Maria Clotilde Moreira, 71 anos, reformada, vive em Algés.


Se todos os cidadãos fossem como a senhora Maria Clotilde Moreira, o que Lisboa não teria a ganhar...

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