07/12/2007

sobre a rádio em geral e o antónio sérgio em particular

gosto de ouvir rádio. gosto de falar sobre rádio. não estou sempre a ouvir rádio. tenho fases de rádio, fases obsessivas com determinada música, álbum ou banda, fases em que ouço uma coisa nova todos os dias. fases.
mas sempre gostei de rádio, de ouvir pessoas com vozes radiofónicas a falar na rádio e a passarem músicas que essas pessoas gostam. a rádio hoje já não é o que era, acho que é unânime. gostava de ter existido intelectualmente no tempo em que a rádio era o que era.

gostava de ouvir a xfm que o meu pai ouvia quando eu era pequena. adorei a marginal, antes de ser o que é agora. a voxx também era engraçada. agora, quando ouço, ouço a radar. a radar é fixe. não sei sei é melhor ou pior do que as outras rádios. é inegável que o gostar ou não gostar de uma rádio está directamente ligado aos gostos pessoais de cada um. esse é um dos motivos pelos quais gosto da radar. reconheço-lhe os defeitos, mas penso que em geral se devem ao facto de 'a rádio já não ser o que era'. gosto principalmente de sentir que as pessoas que lá estão gostam de lá estar, e põem a tocar aquilo que lhes apetece e de que gostam, dentro dos limites que de certeza lhes são impostos. se eu trabalhasse numa rádio, era o que eu faria, pôr a tocar as coisas que me apetecessem (descansem, isso nunca irá acontecer).

bem já estou a divagar. isto tudo porque o antónio sérgio, essa lenda da rádio portuguesa, depois de ter saído da rádio comercial, vai para a radar ter um programa de autor. por motivos etários e circunstanciais, nunca ouvi um programa do senhor, apesar de estar consciente de que muito provavelmente ia gostar, pelo que se diz por aí. nunca calhou. mas ontem à noite ia no carro a ouvir uma entrevista ao senhor na radar, a propósito da sua vinda para a mesma, e pronto, sem o conhecer, fiquei logo a gostar dele. ao ponto de ir a guiar devagarinho para ouvir com atenção (e também porque estava nevoeiro à noite), de ficar parada dentro do carro estacionado a ouvir a voz grave do senhor a ressoar dentro do carro, e de sair assim que começa a tocar uma música de intervalo e ir a correr para casa (gosto de correr em ruas desertas também) para não perder um bocadinho da entrevista. gostei de o ouvir a falar, e de o ouvir dizer abertamente que não gostou da maneira como o 'dispensaram' da rádio comercial, que quando a xfm acabou ficou de tal modo perturbado que, numa espécie de catarse, pintou a casa toda, e que quando não estava a trabalhar na rádio, não conseguia ouvir música, porque no fundo aquilo é a vida e o trabalho dele, e não poder mostrar às pessoas as coisas que descobria e gostava, era algo que o perturbava. também gostei quando ele disse que, nas férias, no verão, nos bares e isso, quando ouvia a chamada música comercial, que passava duas e três e quatro vezes ao dia, a maioria das coisas lhe passava ao lado, mas que quando havia qualquer coisa que lhe despertava algum interesse ele lá perguntava ao responsável musical o que estava a passar, e que uma dessas coisas era o JUSTIN TIMBERLAKE. pronto, gostei de o ouvir, pareceu-me boa pessoa.

era só isto...

1 comentário:

  1. a pronto tens uma paixao platonica! =)

    nunca ouvi o sr, mas pronto! Gosto da radar e se o sr trabalha lá, deve ser boa pessoa!

    quando falaste da xfm e do teu pai, eu lembrei-me da renascenca e da minha mae! e dela acordar ás 7, ligar a telefonia enkuanto me vestia rapidamente pa me ir por as 8 na escola! Ela ate tinha um sr motorista do 47 que esperava por ela atravessar a estrada pa me por á porta do meu externato (chamava-se PIM PAM PUM)! Eu depois esticava-me tda pa chegar à campainha e tocar à porta enkuanto ela corria de novo po autocarro pa ir trabalhar! e pronto, agr quem divagou fui eu... desculpa!

    um bjinho*

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