31/12/2011

A quiche está no forno, e o Brice está a dormir uma sesta-pré-festa.

Desde que voltei que parece que a cidade está numa explosão constante. Há um nevoeiro estranho no ar, ainda não percebi se é natural, ou se é fumo de tantos foguetes que se têm lançado nos últimos dias. Nørrebro, como não podia deixar de ser, está a arder (literalmente, quase), é impossível não tropeçar em restos de explosivos, estão em todo o lado. Só ainda não percebi a piada de lançar fogo-de-artifício em plena luz do dia, afinal basta esperar uma horinha e já vai estar escuro...

Fui ao supermercado e estive meia hora na fila para pagar umas coisas de nada que me faltavam, felizmente a minha mãe telefonou-me e assim foi tempo bem aproveitado. Acho que nunca visto tanta gente no supermercado, numa febre de comprar champanhe, frutas exóticas e fogo-de-artifício.

A praça vermelha já abriu, e eu adoro. Acho que vou tentar fazer com que todos os meus percursos passem por lá. Fotos a sério para breve.





Nos autocarros vêm-se pessoas com vestidos brilhantes e gravatas debaixo dos sobretudos, munidas de sobremesas e garrafas de champanhe. Fora de Copenhaga, está tudo coberto em geada, em jeito de premonição para o frio e o inverno que tardam, mas que já estiveram mais longe.





















Até já, 2012!

26/12/2011

fazer bolachas

Porque é que só agora é que descobri que fazer bolachas (de manteiga, pelo menos) é tão ou mais fácil do que fazer bolos?

25/12/2011

No outro dia, ao abrir uma conta no banco, recebo como "brinde" um porta-chaves inútil (i.e., não é daqueles compridos que são fáceis de encontrar na mala, nem dá para abrir garrafas). O momento não teria sido digno de registo se aquando da entrega dos documentos - e do brinde - o senhor jovem do banco, que ele devia ser mais novo do que eu, ter sentido a necessidade de dizer, talvez em jeito de desculpa (só pode):

- Espero que goste de porta-chaves.

Da minha surpresa, ainda antes de ter tempo de achar este comentário hilariante, respondi:

- Há uns mais giros que outros.


16/12/2011

quem diria

Estou a assar beterrabas.

E no outro dia, na cantina, servi-me de couves de bruxelas e salada de couve-roxa (com pêra e queijo feta, mas mesmo assim...), e estava bem bom. Para não falar das minhas deliciosas aventuras com repolho (?) durante 3 horas no forno.

Isto tudo porque há cerca de 2-3 meses resolvi tornar-me sócia de uma espécie de cooperativa agrícola. Todas as semanas posso comprar a preços bem acessíveis uma caixa com uns bons quilos de vegetais da época, orgânicos e/ou biológicos, e produzidos por agricultores locais. Em troca tenho que contribuir com um turno de 3 horas por mês. Nunca sei o que vou receber até um dia ou dois antes, e de qualquer maneira não interessa porque a maioria das vezes nem pelo nome vou lá...

Se ao princípio estava um bocado receosa (vegetais da época durante o inverno dinamarquês? hmm...), agora não quero outra coisa. Abóboras, cogumelos, couves estranhas, cenouras coloridas, batatas saborosas e raízes sem fim, foi tudo parar a risottos, sopas deliciosas, saladas quentes. Chega a quarta-feira (o dia em que vou lá buscar os vegetais) e pareço uma criança que acaba de receber um saco de prendas do Pai-Natal, tal é a antecipação, a curiosidade e a minha cara estampada de felicidade ao ver, por exemplo, uma couve-de-folhas (kale) bem verdinha dentro do saco.
















Por isso amanhã, assim que chegar a Lisboa, vou direitinha ao mercado ver que vegetais da época enchem as prateleiras em Lisboa (not - vou mas é para casa comer a comida boa da mãe e da avó :D)

05/12/2011

Está quase


christmas table, originally uploaded by barely_legal.

09/11/2011

Só em Copenhaga (?)

Pós-brunch de um Sábado de nevoeiro,  a passear as visitas ao pé dos lagos. Quando chegamos perto  do início da Nørrebrogade, música alta na rua! Chegamos mais perto - um DJ; um toldo, bolo de maçã grátis e prova de diversos sabores daquelas águas coloridas que consta que têm vitaminas. Mas afinal o que é que se passa aqui?

Inauguração de uma farmácia, claro. (Inauguração de uma farmácia???)

Viro-me para as visitas, francesas/suecas, atónitas: Welcome to Copenhagen!

14/10/2011

procastinação produtiva

Percam-se em blogs de pessoas que cozinham bem, têm jeito para tirar fotografias à comida e que escrevem com piada - e saiam de lá cheios de fome e com bué ideias para o que cozinhar nos próximos dias. Ou então não.

As minhas últimas aventuras:

- Couves de bruxelas, bacon e vinagre balsâmico
- Scones de maçã e queijo
- Risotto de frango e cogumelos com os restos do frango assado do outro dia

E as próximas:

- Apple chips
- Hamburguers de salmão
- Isto
- Isto também, viva a época das maçãs!

E já agora, sugestões para o que fazer com uma couve-roxa de 5 kg?

13/10/2011

casas de banho em igrejas?

Quando fui visitar aquela igreja por dentro, para além de reparar que havia aquecedores nas paredes da igreja (ok, avançado, mas realmente estamos na Dinamarca, o pais que não sabe fazer casas de banho em apartamentos mas ao menos tem aquecedores integrados nas casas - mesmo que com os tubos todos à mostra) descobri que tinha casas de banho, como se fosse outro espaço público qualquer, um cinema, um restaurante, etc. Fiquei tipo "uaau, casas de banho numa igreja!!!! Nunca tinha visto, realmente, estes tipos são mesmo espertos!"

Comuniquei a minha espantosa descoberta aos meus amigos de cá, e ninguém percebeu o porquê da minha estupefacção, disseram que era bué normal as igrejas terem casas de banho públicas.

Se calhar fui eu que nunca passei muito tempo dentro de uma igreja, mas sou só eu que acho isto muito à frente?

PS: Nada a ver, mas estava na rua a vir para casa ao pensar neste texto, e quando passo ao pé de uma árvore, cai ao meu lado, vindo da árvore, um gato!! Quase que me caiu em cima, dei um salto para trás, depois achei hilariante, e finalmente pensei que é brutal que em Copenhaga os gatos caiam das árvores, será que estou numa cidade a sério?

12/10/2011

O meu português esta cada vez pior. Dou constantemente comigo a pensar em inglês (o que foi, em tempos, motivo de júbilo), e, pior, a tentar traduzir o meu pensamento em inglês para português correcto, sem grande sucesso.

Tipo "roughly translated as", será que posso dizer "traduzido rudicamente como"? "rudemente"? Ridículo! Tenho que ler & ver mais coisas em português.

O problema é que o meu inglês não é propriamente evoluído, uma pessoa habitua-se a comunicar facilmente com as pessoas à sua volta e daí não sai. Quando chega o momento de escrever qualquer coisa, dou por mim com frases longuíssimas, cheias de vírgulas e de traduções directas de português. Se calhar devia ler menos Saramago.

Vêem, já me estou a contradizer e tudo. Bonito.

De pouca consolação me serve, mas pelo menos consigo escrever fluidamente num teclado com configuração americana, porque os meus dedos se lembram da posição dos acentos e das cedilhas nos teclados portugueses. Enfim.

06/10/2011

foto do dia (sim a tal rubrica)

Momentos em que me passa pela cabeça "foto, foto, foto" há muitos (arco-íris, igreja espacial, cenas eólicas, etc). Mas um que me tem escapado é o momento "rebocar o pølsevogn motorizado manualmente, como se fosse uma mala de 20+/- 2 kg, pelas ruas de Copenhaga fora". Sim, porque nas ruas de Copenhaga, para além de bicicletas, carros e os demais veículos necessários para o bom funcionamento da cidade, também circulam stands de venda de cachorros dinamarqueses (no dia em que eu comprar um, de livre vontade, acho que terei atingido o expoente máximo do "sei que estou em Copenhaga há demasiado tempo se...").
Podem ser visualizados a várias horas do dia, mas mais provavelmente a partir do momento em que as coisas começam a fechar, até às primeiras horas da madrugada (alguns estão abertos a noite toda) - claro que a cena é tanto mais surreal quanto menor a circulação nas ruas.
Ainda não foi desta que tirei uma foto decente a este momento

04/10/2011

aquela igreja estranha

Se este eu tivesse neste blog uma categoria de posts sobre os meus sítios preferidos, este seria a mais recente entrada.

Desde a última vez que mudei de casa, mudei também o meu percurso de bicicleta até à DTU; para melhor, diga-se de passagem, pois deixei de levar o caminho que segue ao longo da auto-estrada, e passei a ir por uma outra estrada, menos movimentada e mais agradável, nem que seja por passar por zonas habitáveis, casas e lojas, e não por bombas de gasolina, intersecções ou viadutos. Mas adiante.

bjaglin
Este caminho leva-me ao ponto mais alto de Copenhaga (31 m acima do nível do mar, não é para brincadeiras!), que é um espaço relativamente aberto, sem muitos edifícios à volta, e que portando dá a sensação de estar realmente num ponto muito elevado. Isto, juntamente com a presença, num dos lados, do edifício mais surreal de Copenhaga, e no outro de uma alameda de ciprestes (?) que dá entrada no cemitério, poderia dar origem a uma discussão interminável se a mística deste lugar é maior com a luz da manhã, o sol do meio-dia, o pôr-do-sol em frente à igreja, o crepúsculo, numa noite de luar ou durante um eclipse. Eu acho que não me conseguiria decidir. Felizmente passo por lá duas vezes por dia, e isso chega-me.

bjaglin
(acho que estou a desenvolver uma obsessão por igrejas estranhas no topo de colinas, lembrei-me agora da quantidade industrial de fotos que tirei a esta igreja, que fica no ponto mais alto de Reykjavik. Eram duas da manhã e a luz daquela hora também dava ao sítio uma aura especial...)

30/09/2011

Actualização


Ontem actualizei a minha conta do flickr. Com fotos tiradas há mais de um ano. Isto de querer manter a cronologia tem muito que se lhe diga. Falta o tempo claro, e ter mudado de casa duas vezes entretanto não ajudou (o scanner esteve muito tempo sem estar configurado, etc.) O meu objectivo é que lá para o final do ano as coisas estejam mais ou menos em dia.

De resto, esqueçam o meu post anterior sobre a chegada do inverno, chuva, nuvens, vento e isso, aqui está tudo histérico com o Indian Summer (também não conhecia a expressão), não chove há mais de uma semana e o céu tem estado sempre azulinho e a temperatura quase a roçar os 20 graus. Este fim-de-semana parece que não vai andar longe dos 25, é a loucura! O problema é que estes 20 graus não são assim muito quentes, se fossem 20 graus em Abril andava tudo de chinelos e calções, mas agora eu acho que congelava se me atrevesse, portanto ficamo-nos pela t-shirt, sempre de casaco atrás não vá a coisa correr mal.

Um verão de S. Martinho lá para Novembro, isso é que ia saber bem!

25/09/2011

Passei um fim de semana de Setembro em Amsterdão, em modo "viagem de gajas":


Já tinha estado em Amsterdão antes, mas, não obstante a excelente companhia e os óptimos momentos, nessa visita não fiquei especialmente impressionada pela cidade. Atribui isto ao facto de ter sido em plena passagem de ano, estar frio e não apetecer especialmente deambular pelas ruas, antes ficar em casa no quentinho a não fazer nenhum.

Felizmente desta vez o contrário aconteceu. O "ficar em casa" esteve desde o início fora de questão, já que a "casa" era um hostel estilo "refúgio cristão", com orações e leituras da Bíblia todas as noites, livros e panfletos religiosos espalhados por todos os cantos em todas as línguas possíveis, e decoração mórbido-religiosa com "Jesus" escrito por toda a parte. À distância de duas portas (literalmente) do red light district, claro.

Apanhámos o que foi provavelmente o último dia do nosso Verão no sábado, que só existiu, claro, para acabar numa descarga de água, relâmpagos e trovões que durou ainda um bom par de horas durante a noite.

Andámos, muito, tanto, e mesmo assim fiquei com a sensação de nunca ter passado na mesma rua duas vezes.

Adorei:

- O fenómeno dos barcos - grandes, pequenos, com ou sem música, para a festa, um passeio romântico, ir até aquele bar do canal em grande estilo, ou beber um copo flutuante ao final da tarde, toda a gente tem um e se não tiver, arranja maneira de andar num!
- Os canais, que mais do que darem um ar irresistivelmente fofinho e fotogénico à cidade, fazem parte integrante dela, e como tal pedala-se ferozmente nas ruas empedradas e molhadas à beira dos deles (medo!), ou estaciona-se o carro "de lado" com a roda quase a roçar a borda (MEDO!)
- A cerveja local - principalmente se bebida a bordo do barco do nosso amigo, acompanhada de queijo e enchidos deliciosos comprados no mercado orgânico de manhã, enquanto nos vamos revezando ao leme, deambulando pelos canais, empurrando as paredes dos outros barcos e das pontes para não chocarmos, acenando às pessoas nas pontes e nos outros barcos...
- A ex-zona industrial de Amsterdão, tão perto do centro e tão diferente, semi-inóspita e por isso mega fascinante (e eu sem rolo na máquina e sem bateria no telemóvel :((((((((((() e com um não-sei-quê de Christiania, com esculturas aleatórias, restos de festa do dia anterior, coisas abandonadas, cenas destas e um café-restaurante-bar quase que paradisíaco à beira da água.
- O facto de os stands de batatas fritas as anunciarem ostensivamente como vegetarianas (duh). Sinal dos tempos...
- Sermos 11 moças à volta de uma mesa redonda do café mais art-déco de sempre, na sala do fundo às duas da tarde, e sermos as únicas clientes.
- A Sinagoga Portuguesa (yah!), isto, e comer um hamburguer orgânico - com batatas fritas vegetarianas claro - debaixo do chapéu de uma esplanada algures no meio da cidade.
- O caos do trânsito - bicicletas, carros, eléctricos, autocarros e pessoas tudo no mesmo sítio. Ainda assim, o número de pessoas de bicicleta todos os dias não anda nada longe do de Copenhaga. Afinal, quem é que precisa de infra-estruturas? O que é preciso é que todos saibam conviver no mesmo espaço :D

Só faltou mesmo andar de bicicleta e ir à Mango (a de cá fechou - as dinamarquesas realmente não sabem o que é bom). Fica para a próxima. Mas acho que era capaz de lá viver.

05/09/2011

(sim, porque eu adoro comprar roupa e entro em stress se tenho que usar a mesma coisa duas vezes no espaço de duas semanas, caso não saibam)

Hoje rendi-me.

Durante de 2 semanas de negação (afinal não é nada fácil passar de 35 para 15 graus, ainda para mais sem Setembro ter ainda começado!), adiei e adiei sacar das botas, das meias & collants e dos casacos mais quentinhos. Isto resultou em ter estado estes dias todos basicamente a alternar entre 2 pares de calças de ganga, umas quantas t-shirts e os meus dois blusões, entre uma ou duas arriscadelas (mal sucedidas - passei esses dias a queixar-me de como estava frio, sim, eu...) com um top e uma saia, e a entrar em stress por parecer que não tenho nada para vestir, e porque é que em Portugal só comprei roupa de Verão, raios? Ridículo.

O que é certo é que está frio, faz vento e chove, e as saias fininhas sem meias já eram. E como não me apetece fazer do meu gabinete um estendal, hoje saquei das botas, dos collants (transparentes, vá, também não vamos abusar), do guarda-chuva, do casaco intermédio e fiz-me à vida.

E foi bom, houve aquela sensação boa e outonal do "regresso às aulas", quando se começa a usar as roupas do outono passado de que tanto gostávamos e nos sentimos quentinhos e aconchegados e com vontade de passar os dias frios no sofá a ver séries.

Dou-lhe poucos dias... estamos a 5 de Setembro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 15 graus!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

10/08/2011

uma foto por dia / a melhor praia do mundo

A praia do Carvalhal (e a praia do Pego, que é igual e mesmo ao lado, mas de há uns anos para cá foi invadida por crianças e adultos que se tratam uns aos outros por você - mas não faz mal) é a melhor praia do mundo, principalmente para quem aprecia realmente um banho no oceano como deve ser - mas não só claro.

Não vinha cá há seis anos, e como tinha ideia que tinha começado a ficar conhecida depois de ter lido algures que pessoas relativamente famosas passavam lá férias (e porque a melhor praia do mundo não pode ficar no desconhecido para sempre), estava um bocado apreensiva em relação ao que ia encontrar - afinal durante anos a fio, desde os 2 anos, foi onde passei todos os meus verões. Felizmente estava tudo mais ou menos na mesma, só ligeiramente mais civilizada (parque de estacionamento, chuveiro de água doce, lava-pés, acesso com passadeira de madeira - mas tudo encaixa perfeitamente) e se possível com menos gente ainda - esta foto foi tirada num domingo (ao fim da tarde, sim, mas...), e anos atrás dávamos-nos ao luxo de não ir à praia ao domingo porque estava "muita gente".

Não é especialmente bonita, não há falésias lindíssimas nem nada disso, só dunas - o que significa que não há rochas dentro de água, yeah!. É só um enorme areal, onde há sempre espaço para pôr a toalha sem tropeçar no vizinho do lado, onde a areia tem o tamanho certo para não se infiltrar em todos os poros. Onde o mar tem sempre a temperatura certa para todas as ocasiões: não custa nem um milímetro a entrar, e quando custa mais do que o normal é porque está tanto calor cá fora que de qualquer maneira não há outra hipótese, e 5 minutos depois já não nos lembramos porque é que não entrámos de mergulho; sem nunca termos a sensação de estarmos a nadar numa piscina de xixi morno, claro. Onde há ondas em que às vezes se vêem peixes na crista, à transparência, mesmo antes de ela rebentar; ondas como deve ser para mergulhar ou nos deixarmos elevar, dependendo de onde ela nos apanhar. O sol põe-se do lado certo, e não há correntes...

Depois disso, acho que que não me vai voltar a apetecer ir à "praia" na Dinamarca por uns tempos...



uma foto por dia (nem sabe o bem que lhe fazia)

Estou em Lisboa, estou de férias, estou sozinha em casa, está um calor brutal (ADORO!), é uma e meia da manhã tarde, só não estou no sofá porque aqui em casa ainda não há internet sem fios (!) e estou aqui a pensar com os meus botões que devia ter trazido o meu disco externo para poder actualizar o meu flickr e os meus álbuns de fotos no facebook: as últimas fotos que tenho no flickr são do verão passado (e ainda não estão todas), e já tenho 5 ou 6 rolos e mais umas tantas digitais a aguardar a sua sorte...

Para além do tempo, que é o principal obstáculo, há outra questão que me tem atrasado um bocado. Até agora, sempre que ia pôr fotos online, nunca tive qualquer dúvida do que é que ia para o facebook, e do que é que ia para o flickr. Pois, até agora... neste momento estou um bocado confusa, e nem quero pensar no google+. Enfim.

De qualquer maneira, o que interessa é que agora a única coisa que tenho aqui à mão é o meu telemóvel, que tira umas fotos bem giras e decentes, portanto olhem, projecto novo: uma foto por dia. Brevemente, num blog e num facebook perto de si!

22/07/2011

fruta da época vs fruta de cá

Ando a tentar levar uma vida o mais sustentável possível, dentro de certos limites pessoais; não que vá fazer alguma diferença, mas sempre me sinto uma pessoa ligeiramente melhor. Ora se eu quiser comer fruta, sustentavelmente falado, só posso comer fruta da época E dinamarquesa.

Se eu fizer um diagrama de venn com estas condicões, obtenho apenas o seguinte:


O que até nem é muito mau; o problema é que, como o verão dinamarquês este ano não existiu, já quase não há morangos à venda, e mesmo quando ainda se encontram alguns, a única coisa que se aproveita (para uma pessoa picuinhas como eu) de uma caixa de 500 g é o que está na foto...

Resta-me portanto a fruta da época dos países mais próximos...

15/07/2011

queridos leitores

O blog está mais ou menos igual, mas mais giro.

Também actualizei um bocado os links.

Achei que gostariam de saber.

14/07/2011

É verdade que já lá vão os tempos em que me deixava ficar na sala de cinema, no mínimo, até aos créditos musicais passarem na tela, fosse qual fosse o filme e a ocasião (king card <3)

Apesar disso, continuo a não suportar que falem comigo no instante em que o filme acaba (seja ele o Harry Potter ou o Melancolia), principalmente se for para perguntar "Então, gostaste?"

Afinal, depois de duas horas numa outra realidade (ou ficção...), quem é que quer imediatamente voltar à sua? E o que há melhor do que letras a passar infinitamente no écran para deixar a mente vaguear um bocadinho até voltarmos a aterrar?

Há versões assim

Não me lembro se já pus isto aqui ou não, o que significa que, mesmo que já tenha posto, é tempo de pôr outra vez.
Pensava que os dias cinzentos e chuvosos eram óptimos para trabalhar, ao contrário dos dias de céu azul, "calor" e sol a brilhar.



Mas de meias grossas (os sapatos a secar por ter atravessado uma poça imensa antes de entrar o edifício), munida de chá quente, bolachas e luz acesa em frente ao monitor, só falta mesmo um sofá e uma manta para estar prontinha para um dia de não fazer nenhum.

Isso queria eu... mas não, vou ser altamente eficiente, claro!

(actualização: olha que giro ainda tenho os mesmos sapatos que estão na foto-banner do blog que foi tirada há 100000 anos atrás)

11/07/2011

A Dinamarca e os dinamarqueses näo páram de me surpreender

E no festival de Roskilde, como não podia deixar de ser, foram incontáveis as vezes que fiquei de boca aberta (e ainda mais as que tive mesmo que a fechar).

Imundices à parte, antes de cada concerto, passava nos ecrãs o anúncio seguinte:


???. Pois. Eu também.

Mas a música até é gira.

04/07/2011

tudo na mesma

Passei uma tarde inteira a mudar móveis de sítio e a desempacotar coisas, e agora está tudo mais ou menos igual, mas empilhado de maneira diferente. Fantástico!

E para juntar à festa, o tempo dinamarquês resolveu presentear-nos com outro destes maravilhosos fins de semana, o que resultou na inundação (com água de esgoto...) de todas as caves de Copenhaga, ou seja não tenho máquina de lavar roupa.

Pelo menos já tenho lava-louças...

30/06/2011

Os correios na Dinamarca abrem às 10 da manhã

Yep.

E fecham as 18h.

Portanto se uma pessoa trabalha fora da cidade ou noutro país, e tem que ir levantar uma encomenda ou uma carta registada que por algum motivo teve que ir parar a morada de casa e não à do trabalho, das duas uma: ou se chega (muito) tarde ao trabalho, ou se sai (muito) cedo - com o risco de as coisas pelo caminho correrem menos bem e dar com o nariz na porta às 18h01.

A não ser claro, que exista uma cena maravilhosa que consiste em caixas do correio distribuídas estrategicamente por toda a cidade, e que basta ir lá com o código que se recebeu por sms ou o papelinho que estava na caixa do correio, scannar o código de barras, scannar o cartão de identidade, e voilá, abre-se  a portinha com a caixa lá dentro. Seja a que hora for.

Ah... mas existe!!!!!!!!!!!! :D

Døgnposten <3

07/06/2011

horizontes

Uma das coisas que nunca pensei vir a questionar era a inexistência de praias onde o sol não se põe na linha do horizonte, entre o céu e o mar. Tipo, ter que pôr a toalha entre duas árvores que é para não estarmos na sombra antes do necessário, e, pior, deitarmo-nos na toalha de costas para o mar! Ficar na praia até o sol se pôr tem um significado completamente diferente por aqui.

A única oportunidade de ver o sol do lado certo é portanto estar na praia a horas matinalmente impensáveis.


Vivam por isso as longas noites de festa.

05/06/2011

votar

No outro dia fui à embaixada votar. Demorou quase uma hora, eu e a Inês, e quando cheguei a casa o senhor da embaixada telefonou-me a dizer que tínhamos usado o boletim de voto errado e que tínhamos que lá voltar, e que se fosse preciso ele ia lá as 10 da noite ou às 8 da manhã, quando nos desse mais jeito.
Quando o fizemos, dois dias depois e após um par de telefonemas, fomos recebidas com um caloroso "Olá princesas".

Mas o melhor, sem dúvida, foi quando o senhor me chamou da janela, já ia eu a caminho da bicicleta, e me perguntou se me podia atirar o comprovativo de voto )que se esqueceu de me dar) pela janela, estilo avião de papel.

Foi giro.

04/06/2011

Acho que passei 27 anos sem nunca ter comido espargos. Nunca pensei muito no assunto, aliás aquelas coisas brancas que se vêm em frascos de vidro nos supermercados não tem um ar muito apetecível. Ou talvez seja por isto.

Não sei o que é que aconteceu entretanto, mas desde há 2 semanas para cá que comi espargos, sem exageros, 10 vezes.


E ainda me falta experimentar um risotto.

26/05/2011

estamos sempre a aprender

Hoje comi um vegetal chamado salsify*. Tipo salsifica. Do verbo salsificar. Olha, salsifica-me isso aí um bocado se faz favor.

Estava altamente delicioso.

Também aprendi a diferença entre uma laguna e uma lagoa, qual é a referência para a definição de um metro, e ainda que o Haiti tem 3 línguas oficiais.


*Se alguém souber o nome disto em Português...

11/05/2011

Love is strange

Fui ver este filme no outro dia e...

A música inicial, tenho a certeza de a ter ouvido num anúncio qualquer, algures na nossa TV. Alguém se lembra? A café?

10/05/2011

In love with Copenhagen

Não sei se viram o filme A Última Hora do Spike Lee, se não deviam ter visto, mas de qualquer maneira há uma cena brutal em que o Edward Norton fala consigo próprio ao espelho sobre Nova Iorque.

Ora eu costumo ler este blog escrito por um dinamarquês que voltou a Copenhaga depois de muitos anos algures no estrangeiro, ao ponto de partilhar quase tudo o que ele escreve no google reader - felizmente ele não escreve assim tanto. Mas este post, inspirado na tal cena d'A Última Hora, merece, para o bem e para o mal, vir parar aqui:

Fuck me? Fuck you! Fuck you and this whole city and everyone in it.


Fuck the Hellerup housewives with their three-hour haircut appointment, their fur coats, their paid-for midnight-black gasoline-guzzzler that they take a half kilometer to pick up their perfectly fucked up and not very cute private school brats. Their underpaid Phillipino nannies, their tea parties, their absent husbands and their empty fucking lives. Do something useful with your useless self.


Fuck the students with their state-financed education and their monthly allowance that they blow on booze and designer clothes carefully chosen to make them look just-so poor and then moan about. “I can’t afford rent, I’m eating butter on toast. Mommy, help me!” Fuck you. Taking eight years to finish your degree, you dumb fuck. Living the good life 'cause you can’t bear the thought of actually working for a living. Give me a fucking break. Get your education, get a job and start contributing something other than tired, rehearsed bile. Get a hair cut, grow up.


Fuck the immigrants with their late-night supermarkets with the shitty fruit and their cheap ass barbershop with the shitty haircuts. How hard can it fucking be? Their illegal activities and sending money back home (if they don’t smuggle it back themselves). Wobbling down the bikepath on their too-small women’s bikes. Where d’you steal that one from, Hassan? Hanging on street corners, polluting my air with your endless fucking kebab shops. Your not Italian, your pizzas suck! Get a real job, raise your kids. Or go the fuck home!


And fuck your wives. Seriously, do. Your wives lining up at the benefits office cause they can’t be assed to learn Danish. Their veils, their shopping bags and their muslim ways. But not so religious when it doesn’t pay are you? Come the fuck on. Get it together, leave your absusive husbands, get a life. Or go home!


Fuck your sons. With their guns and their gangs. Their tinted-window BMWs and hiphop sweaters that went out of style ten years ago. Their ridiculous crewcuts and their drug deals and their hard looks like someone is taking a neverending piss on their kebab. Please, no one’s buying it. Get a fucking life, take some repsonsibilty, be a role model instead of a fuck up. Educate yourself, read, stop wasting your precious life on a street corner. Try being nice for a change.


Fuck the Christiania hippies. You're a sterotype. With your tie-dye shirts and your dreads and your filthy fucking medieval excuse for a freetown. Your illegal hash stands. “Hey, man, God made it, it comes from the earth, it must be good.” Peace, love and shut the fuck up, you good-for-nothing leech. I’m not paying jack to support your sorry ass. You’re pathetic. With your “I’m so free, the state is evil” bullshit. Think of a better excuse for not doing shit with your life. “Today, I think I’m gonna build me a house just from trees I’ll chop myself. But first I need to collect my benefits check.” Hey, loser, smoke on this: You’re not high, you’re a low-life.


Fuck the ad execs. With their bullshit jobs. Selling dreams and the non-existent better life. Playing on our fears. Fuck you. With your perfectly unoriginal attire and your trendy black eyeglasses, your 50-inch flatscreen and your shiny new piece of shit car. Your over-the-top, open-bar parties that say ‘We’re so fucking awesome and you’re not!” Get real. You’re shallow and you’re a loser.


Fuck the young urban chic girls. With their vapid, entry-level jobs in advertising or PR or publishing or whatever. In their tight fashion-conscious stretch pants and their name-brand layers, looking like all their friends. With their lattes and their mindless gossip. Fuck you, you bore me. Get an original idea, date an immigrant, go changing.


Fuck the out-of-towners with their country ways and their dumb accents. Their bleached hair and their white jeans. You’re gonna come to my city and drink and shout and throw pizza boxes on my streets?! Fuck you. Go home. To your shitty little town where that kind of bullshit behaviour passes for cool. Get it? You’re a hick, you don’t belong here and you never will.


Fuck the mobile phone users. Put. It. Away! I don’t wanna hear your he said-she said conversaton with your best friend loud and clear in my ear on the bus, I don’t want you checking your emails every five minutes when we meet cause Michael’s facebook update is somehow more interesting than real life. And I sure as fuck don’t wanna read another fucking word about when the new iPhone hits stores. "It has a built-in 3G, new-wave, self-cleaning coffee machine? No way! That’s insane! I’m definitely lining up all night for that 'cause, let’s face it, I’m a no-life techno geek." It’s a phone, get fucking over it. Here’s a novel idea, use the phone for what it’s for: making phone calls! Smartfuck, iFuck, you suck.


Fuck the Danish People’s Party voter. Yeah, you! With your Danish flag and your righteous ideas for Denmark. Fuck you, you’re a racist. With your working-class job or your beneftis that noone’s gonna take from you, don’t worry, your safe. Keep drinking, keep smoking, you’ll be fine. But deal with your own sorry shit before you go calling others dirty, less-evolved and unwelcome. You’re an idiot, your life is a pathetic waste of my time. Evolve, then we’ll talk.


Fuck the left-wing voters. With their self-righteous ideas for Denmark and the world. Oh, you’re so selfless. No, you’re not. The shits about to hit the fan and you won’t even know what hit you, you blind excuse for someone who cares. With your sandals and your printed t-shirts and your demonstrations for Egypt and immigrants and love-based marriages, give me a break. Your bleeding heart will stop beating one day too, just like everyone else’s. Wake up, smell the organic, fair-trade coffee.


Fuck the bikers with their endless bike lanes and their superior attitudes. Riding around like they own the city. No. You don’t! With your piece of shit bike that’s somehow trendy. No, it’s not, it’s a piece of shit. Get off your high steel horse – it’s a piece of steel on two wheels, get over it - , you’re not saving the environment, you’re not saving anything, you’re a person on a bike. Copenhagen Cycle Shit. Get to where you wanna go and shut the fuck up.


Fuck Visit Copenhagen. With their picture perfect fairy tale. Their pre-packaged, fully marketed, totally manufactured idea of Copenhagen. "Here's what we'll do: we'll use the 'Open' in Copenhagen to communicate to tourists that we're an open, friendly, welcoming city. Aren't we clever?" No. You’re a state-financed money machine. With your Little Mermaid, your Nyhavn and your Tivoli. Don’t tell me what’s so cool and great about Copenhagen like it’s your city and you built it. It’s not and you didn’t. I'll tell you what's cool and it's not the fairy tale fantasy you’re force-feeding me with your blogs and your Facebook page and your non-chalant twitter feeds. “Look, ma, I’m using this new thing called the internet to market Copenhagen.” Leave me the fuck alone, leave the tourists alone. Now and forever.


Fuck the expats. With their boring jobs in boring mulit-national, mulit-ripyouoff corporations. Coming here and whining about it. “The taxes are so high, the danes just aren’t friendly.” No? You don’t think so? Just cause we don’t fake-smile and say ‘Hello, how are you today?” like some underpaid clerk in an overstocked Gap store. You’re right, we’re not nice. Shut up. Just 'cause you miss home, miss your friends – boo-fucking-hoo -, miss driving everywhere, miss Oreo cookies, miss the shootings and the shitty TV. Don’t come here and shit on my parade. Lighten up, take a look around, you might see something. Or, better yet, go home.


Fuck the Danes. With their arrogance and their oh-so-brilliant humor that no one gets, their bleeding heart- bleeding coffers fucked up welfare system and their pathetic racist ways. Their barbecues and their beers – here’s a thought: stay sober! Their shorts and their sandals and their small, provincial minds. Their hygge - fuck off, it's not cosy, it's dark and no amount of candles will help and your family get-togethers are boring. You’re a tiny person in a tiny country, get it? Have an original thought, go a little nuts, step outside the box, if you dare, but you don’t, do you? You're a robot. Don’t be such a pathetic whiner. Travel.


And fuck you, Mikkel. With your righteous opinions, like anyone gives a fuck. You’re no better. Sitting on your high horse with your blog with its oh-so-perfect political views and your regurgitated personal opinions and what I love and…Fuck you. You’re a shitty writer and a coward. If you feel so strongly about it, do something. Instead of hiding behind a computer screen like a loser. And while you’re at it, how about you get a job, get a girlfriend and get a life. Instead of telling others how to live theirs. Please, I’m gonna be sick. Most of all: how about you Shut. The. Fuck. Up!

perfeição

Tirando a Chicago, sempre achei o Sufjan Stevens extremamente irritante. Isto até o álbum mais recente ter sido amor à primeira audição, e de o concerto do outro dia ter sido tudo aquilo que eu queria de um concerto, mesmo sem estar na primeira fila. Podia só ter falado um bocadinho menos - mais rock e menos conversa, citando o próprio.



Nada a ver, mas quando for grande quero ser cantora de suporte (vocal de apoio?????) nos concertos dele.

temporada de churrascos

Tzatziki caseiro

15/04/2011

Down by the water x 3

1.

2.

3.


Qual é a vossa preferida?

09/04/2011

Clube de leitura

Comecei a ler isto:
















Ainda nem a meio do primeiro capítulo vou, mas já sei que vai ser brutal e que vou adorar, e que vou ter que fazer muitas pausas para olhar pela janela e ganhar fôlego. Há coisas que, quando (bem d)escritas, ganham toda uma nova dimensão...

17/03/2011

memória metereológica

Capacidade de lembrar ano a ano, estação a estação, como esteve o tempo nos X últimos anos; X representa o número de anos que se passou em determinado país onde falar diariamente sobre o tempo é muito mais do um mero quebra-gelo.

Exemplo:

- Vamos a Roskilde este ano?
- Eh pá não sei... nos dois últimos anos esteve demasiado bom tempo nessa altura, e tendo em conta que há 3 anos foi o dilúvio absoluto...
- Sim mas este ano o Verão promete!
- Como assim?
- Então, o ano passado por esta altura estávamos cobertos de neve, no final de Abril chovia torrencialmente e ainda nevou um bocado em Maio! O Verão foram duas semanas em Julho!
- É verdade. Mas este ano o Inverno começou bem mais cedo - em Novembro já havia neve por todo o lado, enquanto que o ano passado só começou a nevar na altura do Natal.
- Sim mas este os lagos nem sequer congelaram o suficiente para andarmos por lá a correr... e para a semana ao meio-dia vão estar 10 graus positivos!
- Há dois anos é que foi bom... em Abril até fui uma vez ao parque sem meias! E em Maio tive que arranjar uma ventoinha para o meu gabinete, e até costumávamos ir à praia a seguir ao trabalho. E Agosto não foi nada mau também...
- Pois... ainda me lembro há 4 anos em Junho quando os meus pais vieram cá pela primeira vez cheios de agasalhos e voltaram com um bronze!

...

16/03/2011

receitas

No dia dos meus anos fui ao noma, o melhor restaurante do mundo segundo uma lista qualquer.

Nada a ver, mas desde que tenho um Netto à porta de casa tenho andado a tentar combater o impulso de descer as escadas sempre que me falta um ingrediente qualquer para aquele prato que costumo fazer (não que seja muito difícil deixar de subir e descer 4 andares só para comprar cogumelos), e tentado em vez disso encontrar receitas novas com o que tenho em casa. E têm saído bastante bem. Há que acreditar, porque não tenho fotos - iriam comprometer severamente a probabilidade de alguém tentar alguma destas receias.

Estão mesmo mesmo muito à rasca? Esparguete com limão! Ok, podem juntar cogumelos, mas isso tira todo o mérito ao prato...

Não sabem o que fazer às beterrabas que compraram por engano porque não sabiam que as beterrabas por fora parecem batatas? Risotto com elas.

Acabou o arroz? Massada de peixe então (e porque é que eu nunca me tinha lembrado de fazer isto? Enfim...)

Riget

Não querendo fazer inveja a todos os fãs do Lars von Trier que não vivem na Dinamarca, acho que só mesmo vivendo aqui é que é possível apreciar o trabalho dele em toda a sua dimensão. Isto é ainda mais válido, claro, quando as cenas são em dinamarquês e se passam na rua aqui ao lado.



Consigo ver o hospital da janela da minha casa nova, Blegdamsvej (bleaching pond street) é onde apanho o autocarro para a DTU, e quando estou a lavar a loiça tenho à minha frente uma imagem de Copenhaga no ano de 1900, onde figura Blegdamsfælled (bleach pond common), a zona referida no trailer. Uma das personagens da série retrata um médico sueco que detesta a Dinamarca e que todas as noites sobe ao cimo do hospital com uns binóculos para contemplar para a Suécia e lançar para o ar da noite impropérios sobre os dinamarqueses. Gotta love it.

A não perder também Directøren for det hele (The Boss of it All), uma comédia feita em resposta às queixas de que o Lars só fazia filmes depressivos, e onde figura um islandês que também odeia os dinamarqueses. Genial, o trabalho de estereotipar subtil e impecavelmente os dinamarqueses, utilizando como ferramentas estereótipos estrangeiros muito mais óbvios. No meio disto tudo não é de espantar que, regra geral, os dinamarqueses não achem muita piada ao Lars.

PS: Notícias fresquinhas via wikipedia: On February 23rd 2011, it was announced that Arrested Development creator Mitch Hurwitz was remaking The Boss of It All for Universal Pictures with Ron Howard and Brian Grazer producing. É favor ver o o original antes!

11/03/2011

the drums

No outro dia, no pico de uma sessão de procrastinação, apercebi-me que nunca falei aqui sobre os The Drums. Para além de musicalmente deliciosos (podia encher o blog de vídeos mas não me apetece escolher - vou mesmo resistir a pôr aquela remistura que os Raveonnettes fizeram deles para os mais cépticos), há outros ângulos por onde atacar a questão:

A sensação been there, done that - California :)
Estilo, muito estilo

Blur vs. The Drums, descobrir as diferenças :) 

...

10/02/2011

mais expectativas

Every year is a good year for music. 2011 não será excepção, e se novos dos The Kills e The Strokes forem só a ponta do icebergue (isto escreve-se assim em português!), antevejo muitos momentos de histeria contida durante os meus momentos de procrastinação aqui no gabinete. Por favor, tentai não lançar mais do que uma novidade por dia!!! Por hoje passa, mas não sei se aguento o ritmo.



07/02/2011

expectativas

Quando já sei à partida que quero ver um filme e acho por algum motivo que vou gostar (muito) dele, quero ouvir, ler e ver o menos possível sobre ele - expectativas defraudadas e surpresas estragadas é que não, se puderem ser evitadas.

Expectativas superadas (uaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuuu), sabe sempre bem.

Mas nunca tinha pensado na hipótese de expectativas correspondidas. É isso mesmo, no ponto. A sensação de missão cumprida também enche as medidas!

03/02/2011

true story

O seu autocarro está em greve? Não se preocupe, apanhe um táxi e nós reembolsamos até ao valor máximo de 40€.

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05/01/2011

indecisão

Ainda não decidi se gosto mais de estar no sofá da nossa sala à conversa com a Wenjing enquanto bebemos um chá ou uma cerveja e falamos das coisas da vida (e Nørrebro pulula lá fora), ou de estar na cama a tentar (não) adormecer, a olhar para o céu e ver a neve a derreter e as nuvens a passar.